Na viagem rude e
longa
Em região
solitária,
A todos os
viajores
A bússola é
necessária.
Quando a jornada
é difícil,
Aquele que a
tem, de perto,
Vai seguindo confortado
Na bênção do
rumo certo.
Sofrem ventos
formidandos
E a sombra
prometa a morte,
A bússola
honesta e firme
Não perde a
visão do Norte.
Muita vez, em
mar revolto,
Nas zonas
desconhecidas,
Atende,
silenciosa,
Dando fé,
salvando vidas.
Tudo angústia da
borrasca
E trevas de
nevoeiro,
Mas a bússola
responde
Aos olhos do
timoneiro.
De outras vezes,
no deserto,
Se palpita a
inquietação,
Traduz
generosamente
O conforto e a
direção.
Em meio a
vacilações,
Significa o
resumo
De grandes
consolações
A quem ame o
próprio rumo.
Tanto em água
revoltada,
Como em areia,
em espinho,
A bússola
generosa
Jamais esconde o
caminho.
Nas rudes
experiências
Da romagem
terrenal,
Não se pode
prescindir
Do rumo
espiritual.
*
Se caminhas
neste mundo,
Sejas moço, sejas
velho,
Não esqueças,
meu amigo,
A bússola do
Evangelho.
Livro: Cartilha
da Natureza.
Casimiro Cunha /
Chico Xavier.
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