Bendita sejas
sempre, mão fraterna,
Que distribuis,
caminho a fora,
A segurança, o
teto, a proteção e a mesa
Para sanar a dor
da penúria que chora.
Bendita sejas
pelo pano amigo,
Que entreteces
ou limpas, a contento,
Suprimindo a
nudez de quem vai pela estrada,
Ante a injúria
do pó, sob os golpes do vento.
Bendita sejas no
desprendimento,
Com que dás a
moeda, em sentido profundo.
No louvor ao
trabalho e no apoio à bondade,
Reduzindo a
aflição e a tristeza do mundo.
Bendita sejas na
abnegação,
Sem que louros
quaisquer busques ou vises,
Quando estendes
a benção da esperança
Aos irmãos
fatigados e infelizes.
Bendita sejas pelo reconforto
Na generosidade
doce e franca,
Quando levas
consolo e lenitivo
Àqueles que a
doença humilha e espanca.
Bendita sejas na
fidelidade
Com que te
santificas no amor puro,
Em resguardando
a infância desprezada,
Edificando as
bases do futuro.
Bendita sejas
pela idéia nobre,
Com que gravas o
Bem, na frase que te encerra,
Iluminando o
verbo, onde o verbo se inscreva
Para, a
sublimação de toda a Terra!
Bendita sejas
sempre, mão criadora,
Em ti, a
caridade, atingindo apogeus,
Revela, em toda
a parte, o Sol do Entendimento,
A Grandeza da
Vida e a Presença de Deus.
Livro: Antologia
da Espiritualidade.
Maria Dolores /
Chico Xavier.
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