A visão não é
exclusividade dos olhos físicos.
Refletir é ver
com a consciência.
Imaginar é ver
com o sentimento.
Calcular é ver
com o raciocínio.
Recordar é ver
com a memória.
Por isso mesmo,
a visão é propriedade vasta e complexa do Espírito, que se dilata e se enriquece
constantemente, à medida que nossos poderes e emoções se desenvolvem e se
aprimoram.
Quem deseje,
pois, realizar, aquisições psíquicas de clarividência nos celeiros da vida,
guarde a pureza no coração, afim de que a pureza, em se exteriorizando através
de nossos sentidos, nos regenere o mundo emocional, reajustando o nosso
idealismo e equilibrando os nossos desejos na direção do Bem Infinito.
Quem procura o
“lado melhor” dos acontecimentos, a “parte mais nobre das pessoas” e a “expressão
mais útil” das cousas, está conquistando preciosos acréscimos de Visão.
Enquanto nos
confiamos às paixões perturbadoras, tateando nas trevas do egoísmo e do ódio, varando
o gelo da indiferença e o enrijecimento espiritual, atravessando o incêndio da incompreensão
e do desvario ou vencendo os pântanos do desregramento ou da intemperança, não
poderemos senão ver com a carne os problemas inquietantes e dolorosos que à ela
se ajustam.
Purifiquemos o
Espírito e conseguiremos descobrir os horizontes da nossa gloriosa imortalidade.
Todos enxergam
alguma cousa na vida comum, entretanto, raros sabem ver.
Ajustemo-nos aos
princípios do Vidente Divino que soube contemplar as necessidades humanas, com
amor e perdão, do Alto da Cruz e, por certo, começaremos, desde agora, a
penetrar na claridade sublime de nossa própria ressurreição.
Livro: Alma e
Luz.
Emmanuel / Chico
Xavier.
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