domingo, 11 de dezembro de 2022

AFLITOS NO REINO DOMÉSTICO.

Se te encontras entre aqueles companheiros aflitos do reino doméstico, sob agitação quase constante, na expectativa de receber mais dilatadamente o carinho e a assistência dos entes queridos, considera que na atualidade do mundo físico, não é muito fácil manter essa modalidade de cobertura afetuosa por parte daqueles que te usufruem a convivência.

Neste último quartel de século, observemos, por itens, algumas das inovações que dificultam a doação de tempo, entre familiares e amigos íntimos, tais quais sejam:

a requisição cada vez mais intensa da mulher para o serviço profissional, fora de casa;

as desvinculações gradativas ou violentas no campo da vida familiar;

os percalços do trânsito;

a intensificação do estudo por necessidade de todas as classes, que aspiram a atingir mais alto nível de cultura para a demanda compreensível nas provas de habilitação;

os problemas de moradia;

o fascínio da televisão sobre a mente infanto juvenil;

as preocupações com o movimento que se convencionou chamar por mercado de consumo.

Todos esses fatores influenciam a vida nos modernos tempos de evolução.

Não te acredites sob a desconsideração das pessoas queridas.

Quase todas elas estão sujeitas ao mecanismo de circunstâncias de que não podem fugir.

Quanto possível, asserena-te e aprende a solucionar as próprias necessidades pessoais, sem o concurso de outros.

Isso não quer dizer que se vive, no mundo de hoje, no regime egoístico do “cada qual para si.”

Acontece que o progresso avança, e mais imperiosa se faz a obrigação de atenuar, tanto quanto possível, esse ou aquele peso sobre os corações queridos.

E se alguém, provavelmente, vier a indagar que tem semelhantes acontecimentos com os amigos desencarnados, responderemos que a precipitação e o ressentimento, o azedume e o pessimismo, são agentes altamente corrosivos em nossas tarefas e esquemas de auxílio e equilíbrio, na Vida Espiritual, em favor dos próprios homens, nossos irmãos.

Quando todos nós nos dispusermos a cumprir as próprias obrigações, sem o conformismo da inércia e sem a rebeldia da insatisfação destrutiva, estaremos todos em harmonia com as leis da Vida e do Universo transformando o tempo em alegria e transfigurando a Terra em céu na plenitude dos Céus.

Livro: Paz.

Emmanuel / Chico Xavier.

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