Segundo a História, o senador
Publius_Lentulus, designado pelo Senado romano para investigar o fenômeno Jesus
Cristo na Palestina, Judéia e Samaria, destacou no seu relato, entre outros
aspectos, a intensidade do olhar de Jesus. Segundo ele, “seu olhar era de um
azul tão intenso que ninguém poderia fitá-lo de frente durante muito tempo”. Publius
fora enviado pelo Senado romano para decifrar o fenômeno Cristo em razão das
pouquíssimas informações que chegavam ao Senado a respeito de Jesus. O poder
naquele tempo, na Roma dos Césares, era dividido entre a Corte e o Senado.
Tendo seu próprio sistema de investigação, não interessava ao governo deixar o
Senado bem informado. Afinal, o Senado era um órgão limitador do poder do
Imperador da época. Assim, sem informações confiáveis, decidiu o Senado, por
conta própria, enviar um dos seus membros para analisar o fenômeno Cristo.
Conta a História, que Publius
Lentulus assistiu anônimo o “Sermão da Montanha”. E ficou admirado com o
discurso de Jesus. Segundo ele, o Cristo “dizia muitas coisas certas, porém
pecava gravemente quando afirmava que perante Deus (o Deus de Jesus) todos os
homens eram iguais”. Ora, tal afirmativa batia de frente com a realidade romana
de então, que dividia os homens em castas bem separadas entre si, constituídas
de lies, plebeus e escravos – uma visão, portanto, separatista, totalmente
diferente da defendida por Jesus.
Postado por A.C.Laranjeira
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820. A debilidade física da mulher não a coloca
naturalmente na dependência do homem?
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Estudando o Livro dos Espíritos - Allan kardec
803. Todos os homens
são iguais perante Deus?
— Sim, todos tendem para o mesmo fim e
Deus fez. as suas leis para todos. Dizeis freqüentemente: “O Sol brilha para
todos”, e com isso dizeis uma verdade maior e mais geral do que pensais.
Comentário de Kardec:
Todos os homens são submetidos às mesmas leis naturais, todos nascem com a
mesma fragilidade, estão sujeitos às mesmas dores e o corpo do rico se destrói
como o do pobre. Deus não concedeu, portanto, superioridade natural a nenhum
homem, nem pelo nascimento, nem pela morte: todos são iguais diante dele.
817.0 homem e a
mulher são iguais perante Deus e têm os mesmos direitos?
— Deus não deu a ambos a inteligência do
bem e do mal e a faculdade de progredir?
818. De onde procede a inferioridade moral
da mulher em certas regiões?
— Do domínio injusto e cruel que o homem
exerceu sobre ela. Uma conseqüência das instituições sociais e do abuso da
força sobre a debilidade. Entre os homens pouco adiantados do ponto de vista
moral a força é o direito.
819. Com que fim a mulher é fisicamente
mais fraca do que o homem?
— Para lhe assinalar funções particulares.
O homem se destina aos trabalhos rudes, por ser mais forte; a mulher aos
trabalhos suaves; e ambos a se ajudarem mutuamente nas provas de uma vida cheia
de amarguras.
— Deus deu a força a uns para proteger o
fraco e não para o escravizar.
Comentário de Kardec:
Deus apropriou a organização de cada ser às funções que ele deve desempenhar.
Se deu menor força física à mulher, deu-lhe ao mesmo tempo maior sensibilidade,
em relação com a delicadeza das funções maternais e a debilidade dos seres confiados
aos seus cuidados.
821. As funções a que a mulher foi
destinada pela Natureza têm tanta importância quanto as conferidas ao homem?
— Sim. e até maior; é ela quem lhe dá as
primeiras noções da vida.
822. Os homens, sendo iguais perante a
lei de Deus, devem sê-lo igualmente perante a lei humana?
— Este é o primeiro princípio de justiça:
“Não façais aos outros o que não quereis que os outros vos façam”.
822 – a) De acordo com isso, para uma
legislação ser perfeitamente justa deve
consagrar a igualdade de direitos entre o homem e a mulher?
— De direitos, sim; de funções, não. É
necessário que cada um. Tenha um lugar determinado; que o homem se ocupe de
fora e a mulher do lar, cada um segundo a sua aptidão. A lei humana, para ser
justa, deve consagrar a igualdade de direitos entre o homem e a mulher; todo
privilégio concedido a um ou a outro é contrário à justiça. A emancipação da
mulher segue o progresso da civilização, sua escravização marcha com a
barbárie. Os sexos, aliás, só existem na organização física, pois os Espíritos
podem tomar um e outro não havendo diferenças entre eles a esse respeito. Por
conseguinte, devem gozar dos mesmos direitos(1).
(1) Há mais de cem
anos, este livro indicava a solução do problema feminino: igualdade de direitos
e diversidade de funções. Homem e mulher não são senhor e escrava, mas
companheiros que desempenham uma tarefa comum, com a mesma responsabilidade
pela sua realização. O feminismo adquire um novo aspecto à luz deste principio.
A mulher não deve ser a imitadora e a competidora do homem, mas a sua
companheira de vida, ambos mutuamente se completando na manutenção do lar, que
é a célula básica da estrutura social (N do T).
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