A finalidade precípua e mais
importante da reencarnação diz respeito ao processo de autoiluminação do
Espírito.
Herdeiro de suas próprias
experiências mantém atavismos negativos que o retêm nas paixões perturbadoras,
aturdindo-se com freqüência, na busca frenética do prazer e da posse. Como
conseqüência, as questões espirituais permanecem-lhe em plano secundário, em
conceder-se ensejo de crescimento libertador.
Indispensável que se criem as
condições fávoráveis ao desenvolvimento dos seus valores éticos e espirituais
que não devem ser postergardos. Somente através desse esforço - que é o empenho
consciente para o auto-encontro, o denodo para romper com as amarras selvagens
da ignorância, da acomodação, da indiferença - que o logro se torna possível.
Há pessoas que detestam a solidão,
afirmando que esta lhes produz depressão e angústia, sensação de abandono e de
infelicidade.
Outras, no entanto, buscam-na
como terapia indispensável ao refazimento das forças exauridas, caminho seguro
para o reexame de atitudes, para a reflexão em torno dos acontecimentos da
vida.
A solidão, todavia, não é boa nem
má. Os valores dela defluentes são sentidos de acordo com o estado de espírito
de cada ser.
O silêncio produz em alguns
indivíduos melancolia e medo. Parece sugerir-lhes um abismo apavorante,
ameaçador.
Em outras pessoas, faculta a paz,
o processo de readaptação ao equilíbrio, abrindo espaço para o
autoconhecimento.
O silêncio,
no entanto, não é positivo ou negativo. Conforme o estado íntimo de cada um,
ele propicia o que se faz necessário à paz, à alegria.
Muitos homens se atiram
afanosamnente pela conquista do dinheiro, nele colocando todas as aspirações da
vida como sendo a meta única a alcançar. Fazem-se, até mesmo, onzenários.
Inúmeros outros, todavia, não lhe
dão maior valor, desperdiçando-o com frivolidade, esbanjando-o sem
consideração. Terminam, desse modo, na estroinice, na miséria econômica.
O dinheiro, entretanto, não é
essencial ou secundário na vida. Vale pelo que pode adquirir e segundo a
consideração de que se reveste transitoriamente.
É indispensável que inicies o
processo da tua libertação quanto antes.
Faze um momento habitual de
solidão, onde quer que te encontres. Não é necessário que fujas do mundo, porém
que consigas um espaço mental e doméstico para exercitares abandono pessoal e
aí fazeres silêncio, meditando em paz.
Não digas que o tempo não te
faculta ocasião.
Renuncia a alguma tarefa
desgastante, a alguma recreação exaustiva, ao tempo que dedicas ao
espairecimento saturador e aplica-o à solidão.
Nesse espaço, isola-te e
silencia.
Deixa que a meditação refunda os
teus valores íntimos e logre libertar-te das paixões escravizantes.
Considera o dinheiro e todos os
demais valores como instrumentos para finalidades próximas, cuidando
daqueloutros de sabor eterno e plenificador, que se te fazem essenciais para o
êxito na tua jornada atual, a tua auto-ilumninação libertadora.
Divaldo Franco / Joanna de Ângelis.Da obra:
Momentos de Felicidade.
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