“Finalmente, sede todos de igual ânimo,
compadecidos, fraternalmente amigos, misericordiosos, humildes.” – PEDRO. (I
Pedro, 3:8.)
De todos os
tesouros que a Divina Providência te confiou, um deles é a piedade que podes libertar
como um rio de bênçãos das nascentes do coração.
Pensa nas
lágrimas que já te passaram pela existência e nunca derrames fel na trilha dos semelhantes.
Para isso é necessário raciocines e te enterneças, entre a luz da compreensão e
o apoio da caridade.
Compadecemos-nos
facilmente dos irmãos tombados em necessidades materiais, cujos padecimentos
nos sacodem as fibras mais íntimas, mas é preciso igualmente nos condoamos
daqueles outros que se sentam diante da mesa farta arrasados de angústias, à face
das provações que lhes desabam na vida.
Bastas vezes,
perdemos lições e oportunidades preciosas para a aquisição de valores da Espiritualidade
Maior, tão-somente por fixar a observação na face de situações e pessoas.
O entendimento
fraternal, no entanto, é clarão da alma penetrando vida e sentimento em suas
mais ignotas profundezas.
A vista disso,
seja a quem for, abençoa e auxilia sempre.
Diante de
quaisquer desequilíbrio ou entraves que te venham a surpreender na estrada terrestre,
molha a tua palavra no bálsamo da compaixão, a fim de que te desincumbas dignamente
do bem que te cabe cumprir.
Procedamos
assim, onde estivermos, na certeza de que, em nos referindo à maioria de nós outros
– os espíritos endividados da Terra -, todas as vantagens que estejamos
desfrutando, à frente do próximo, não chegam até nós em função de merecimento
que absolutamente não possuímos ainda, mas simplesmente em razão da
misericórdia de Deus.
Livro: Ceifa de
Luz!
Emmanuel / Chico
Xavier.
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