“Há só um
Legislador e um Juiz que pode salvar e destruir. Tu, porém, quem és, que julgas
a outrem?” — (TIAGO, capítulo 4, versículo 12.)
Deveria existir,
por parte do homem, grande cautela em emitir opiniões relativamente à incorreção
alheia.
Um parecer
inconsciente ou leviano pode gerar desastres muito maiores que o erro dos
outros, convertido em objeto de exame.
Naturalmente
existem determinadas responsabilidades que exigem observações acuradas e
pacientes daqueles a quem foram conferidas. Um administrador necessita analisar
os elementos de composição humana que lhe integram a máquina de serviços. Um
magistrado, pago pelas economias do povo, é obrigado a examinar os problemas da
paz ou da saúde sociais, deliberando com serenidade e justiça na defesa do bem
coletivo. Entretanto, importa compreender que homens, como esses, entendendo a
extensão e a delicadeza dos seus encargos espirituais, muito sofrem, quando
compelidos ao serviço de regeneração das peças vivas, desviadas ou enfermiças, encaminhadas à sua
responsabilidade.
Na estrada
comum, no entanto, verifica-se grande excesso de pessoas viciadas na
precipitação e na leviandade.
Cremos seja útil
a cada discípulo, quando assediado pelas considerações insensatas, lembrar o
papel exato que está representando no campo da vida presente, interrogando a si
próprio, antes de responder às indagações tentadoras: “Será este assunto de meu
interesse? Quem sou? Estarei, de fato, em condições de julgar alguém?”
Livro: Caminho,
Verdade e Vida.
Emmanuel / Chico
Xavier.
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