Filhos,
cogitando das coisas maiores, não vos descureis daquelas que considerais
insignificantes.
A grande árvore
se origina de minúscula semente.
O mais alto
edifício não se levanta sem o concurso de anônimas pedras de alicerce.
O rio caudaloso
é a somatória de humildes filetes d'água.
Nada, quando
nasce, surge em sua forma definitiva.
Tudo parte de um
pequeno ponto e, através do tempo, ocupa o espaço que lhe está determinado
pelas leis do Universo.
Sedimentai-vos
na experiência que vos habilita para compromissos de maior envergadura.
Disciplinai o
espírito nas tarefas que, quase sempre, são desprezadas por quantos lhes
desconhecem o valor no fortalecimento da vontade.
Quando alguém se
encontra apto para cumprir obrigações de ordem mais elevada, a própria Vida se
encarrega de lhas confiar através das circunstâncias que o requisitam.
Quando o homem
não consegue ser o que é, onde está, inútil que ele tente ser mais, onde quer
que esteja.
Quem não prova
fidelidade nos encargos menores não se desincumbi com êxito daqueles cuja
importância exige maior persistência e noção de responsabilidade.
Filhos, as
atividades humildes da casa espírita são a vossa garantia de paz e equilíbrio
íntimo. Dentro dela, não aspireis a nada além do que seja servir, sem que vos
entregueis às discussões que costumam inutilizar as vossas oportunidades de
ascese espiritual.
Silenciai os
vossos rancores e considerai-vos os maiores necessitados, agradecendo ao Senhor
a bênção do serviço espírita em que vos refugiais da tentação.
Demorai-vos mais
longo tempo nas tarefas de assistência, antes que cogiteis daquelas que vos
tornam alvo preferencial dos desafetos da Doutrina.
E orai pelos
companheiros de ideal que, na linha de frente do combate, tantas vezes tombam,
alvejados pelos dardos ensandecidos das trevas.
Livro: A Coragem
da Fé.
Bezerra de
Menezes / Carlos A. Baccelli.
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