0856/LE
A alma sabe mais
ou menos que gênero de morte encerrará sua jornada na carne, porque isto foi
antes escolhido, desde quando o seu destino não seja mudado pela Providência
Divina.
Tudo muda
conforme a lei; somente Deus e Suas leis são imutáveis.
Temos como que
um livro dentro de nós, que devemos escrever e que estamos escrevendo pelas
nossas vidas.
Se combinamos
determinado tipo de vida a levar na Terra, somos inspirados por esse registro,
para que possamos vivê-la. As lembranças que se sucedem em nossa mente vêm com
mais ou menos clareza, isso de acordo com a elevação da alma.
Há Espíritos que
recordam minuciosamente o tipo de vida que escolheram. Esse será mais culpado,
se desviar-se dos seus objetivos. Cada ser humano tem uma missão a cumprir na face
da Terra.
Pode a
fatalidade ser uma verdade em uma vida, e em outra não.
Depende muito
das mudanças empreendidas pela alma na sua jornada evolutiva.
Tudo muda por
fora com as mutações por dentro. As religiões do mundo, as filosofias de vida
surgiram na Terra como misericórdia de Deus visando às criaturas, sobre essas
verdades que a Doutrina Espírita sabiamente anuncia, no entanto, esses
movimentos espiritualistas se esqueceram dos Céus para viver quase somente sob
a inspiração da Terra.
Mas Deus não se
aborrece com isso; pelo contrário, Ele já sabia desses desvios morais no que se
refere à vida espiritual e a Sua bondade e paciência esperam que todos esses
movimentos passem a reclamar consertos.
Na hora certa,
os benfeitores da Espiritualidade superior aproximar-se-ão desses pastores, inspirando-os
a servir de exemplo para os seus rebanhos. Com o tempo, todos os movimentos espiritualistas
tornarão a se fundir em um só ideal, o do bem e da verdade, para que o amor seja
o clima de luz encaminhado à felicidade das almas em corrida para a consciência
tranqüila.
Todo Espírito
recebe a intuição divina de que caminha para a paz, que existe Deus e Jesus à sua
espera. Não existe nenhum dos filhos que, dentro de si, não reconheça seu
próprio Pai.
Saímos todos da
Fonte Divina e trazemos dentro de nós o perfume de Deus que recende onde quer
que passemos. Quanto mais a alma se encontra no primitivismo, mais as forças da
natureza selvagem a dominam, mais se cumpre o fatalismo. Depois que se acende a
luz nos corações das almas, elas passam a se libertar de todas as agressões
externas, libertando-se e vivendo em plena luz de Deus. Vejamos o que nos fala
Tiago, no capítulo um, versículo vinte: Porque a ira do homem não produz a
justiça de Deus.
O homem desviado
das leis naturais do Senhor não pode ser livre; ele é cativo das suas próprias
inferioridades. Eis ai a fatalidade das suas próprias escolhas, no entanto, o Espírito
que já reconhece no amor a lei mais alta, esse é livre, na liberdade espiritual
e muda os acontecimentos com as mudanças internas, que são inúmeras a todos os
momentos.
Quantas pessoas que
e os fatos nos mostram temem, por templo, o fogo. É a intuição as alertando,
mas, como não despertaram para a luz do Espírito e nada fazem para descarregar
o peso do seu fardo neste sentido, embora lutando para se livrarem de morrer
por esse sistema, acabam sucumbindo por ele. No entanto, não existe fatalismo
para todos.
Os que
descarregam seu carma no processo da vida, com todo o amor que a luz requer,
têm a mudança do seu destino, que se faz pela bondade do Criador e às vezes
sofrem simples queimaduras, tendo sua provação aliviada pelo bem que fizeram
aos outros, por caridade.
A vida é uma
doação divina e quem dá recebe, essa é a lei da justiça.
Livro: Filosofia
Espírita – Volume XVII
Miramez / João
Nunes Maia.
Estudando o
livro dos Espíritos – Allan Kardec.
856. Sabe o
Espírito antecipadamente de que gênero será sua morte?
Sabe que o
gênero de vida que escolheu o expõe mais a morrer desta do que daquela maneira.
Sabe igualmente quais a lutas que terá de sustentar para evitá-lo e que, se Deus
o permitir, não sucumbirá.
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