“Porque o amor do dinheiro é a raiz de toda espécie de males; e, nessa
cobiça, alguns se desviaram da fé e se traspassaram a si mesmos com muitas
dores.” - Paulo. (1ª EPÍSTOLA A TIMÓTEO, capítulo 6, versículo 10.)
Paulo não nos diz que o dinheiro, em si mesmo, seja flagelo para a Humanidade.
Várias vezes, vemos o Mestre em contacto com o assunto, contribuindo para
que a nossa compreensão se dilate. Recebendo certos alvitres do povo que lhe
apresenta determinada moeda da época, com a efigie do imperador romano,
recomenda que o homem dê a César o que é de César, exemplificando o respeito às
convenções construtivas. Numa de suas mais lindas parábolas, emprega o símbolo
de uma dracma perdida. Nos movimentos do Templo, aprecia o óbolo pequenino da
viúva.
O dinheiro não significa um mal. Todavia, o apóstolo dos gentios nos esclarece
que o amor do dinheiro é a raiz de toda espécie de males. O homem não pode ser
condenado pelas suas expressões financeiras, mas, sim, pelo mau uso de
semelhantes recursos materiais, porqüanto é pela obsessão da posse que o
orgulho e a ociosidade, dois fantasmas do infortúnio humano, se instalam nas
almas, compelindo-as a desvios da luz eterna.
O dinheiro que te vem às mãos, pelos caminhos retos, que só a tua consciência
pode analisar à claridade divina, é um amigo que te busca a orientação sadia e
o conselho humanitário. Responderás a Deus pelas diretrizes que lhe deres e ai
de ti se materializares essa força benéfica no sombrio edifício da iniqüidade!
Livro: Caminho, Verdade e Vida.
Emmanuel / Chico Xavier.
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