Filhos, reerguei-vos da queda em que,
inadvertidamente, vos arrojastes.
Não permaneçais estirados no chão do
desespero e da inércia, aguardando que mãos anônimas e abnegadas tomem por vós
a decisão que vos compete de prosseguir caminhando com os próprios pés.
Levantai-vos e continuai, vacilantes
embora.
Reconsiderai a trajetória e
acautelai-vos contra possíveis novas quedas.
Mantende-vos o tempo todo vigilantes
e não vos descureis um só instante da armadilha traiçoeira de vossas mazelas.
Apoiai-vos nos encargos que vos cabe
cumprir, em relação ao próximo, e não vos concedais excessivo tempo nas
necessidades pessoais.
Esquecei-vos, quanto puderdes, nas
tarefas do bem.
Se magoastes o coração de alguém, não
hesiteis em lhe pedir perdão sucessivas vezes, porquanto, se temos a obrigação
de perdoar setenta vezes sete a quem nos ofenda, caso sejamos nós os algozes,
peçamos às nossas vitimas um perdão ilimitado através de nossas atitudes de
regeneração.
A verdade, não vos esqueçais disto,
nunca está do lado de quem acusa e fere.
Humilhados por aqueles que vos
conheçam os pontos vulneráveis da personalidade, aprendei a contar com a
Compaixão Divina que vos ama como sois e não vos aponta o dedo em riste.
Sobre a Terra, a cavaleiro da
situação que examina, não há quem possam censurar ninguém ou atirar a primeira
pedra.
Por certo, na jornada que cumprimos,
muitos tropeços ainda nos esperam, todavia não nos seja isto pretexto para
contemporizarmos com o mal ou exercermos excessiva tolerância em causa própria,
nos equívocos que perpetramos.
Filhos, que o Senhor vos abençoe e
vos fortaleça.
Não olvideis que, se os homens são
faltos de misericórdia para com os seus irmãos em Humanidade, Deus não se nega
ao perdão a nenhum de seus filhos, mas concede sempre aos que se revelam mais
débeis dentre eles a bênção do recomeço no clima da lição.
Livro: Coragem da Fé.
Bezerra de Menezes / Carlos A.
Baccelli.
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