0859/LE
A nossa mente é
força poderosa que pode criar situações nos nossos destinos. Os acidentes em
geral são produzidos pela nossa invigilância, então, a lei nos cobra, por ser
ela instrumento da Justiça. Os nossos benfeitores da eternidade sempre nos
falam sobre o respeito às leis, e devemos atendê-los, confiando mais na força
divina dentro de nós, emergindo pelos processos da nossa consciência.
Podes verificar
que quando uma pessoa dirige um veículo e sempre desrespeita os sinais, mesmo
que não tenha provação cármica de passar por um acidente de veículos, ele está criando
essa condição pelo desrespeito aos sinais que significam ordem nas raias
humanas. Quando acontece um acidente, apesar de toda a atenção do motorista, é
a força da cobrança do passado, usando o ambiente do presente.
O que devemos
fazer no momento é, pois, respeitar todas as leis, porque elas criam em nosso coração
a harmonia que nos defende dos males que provêm da invigilância. Esses
acidentes que ocorrem na vida são coisas insignificantes, que nascem da nossa
incompreensão das leis, e é nesse proceder que aprendemos a entender todas as
situações que surgem para nos educar.
Os benfeitores
espirituais não gostam dos sofrimentos humanos por coisas que podem ser evitadas.
Eles sempre avisam, por muitos meios, para os homens evitarem os perigos, a não
ser certas provas que trazem para os seres humanos lições que somente elas
poderão e terão a força de corrigir certos desvios arraigados na conduta
humana.
A fatalidade
existe, mas é bom que compreendas onde ela se expressa como tal. No final da resposta
de "O Livro dos Espíritos", a Entidade superior disse o seguinte:
"A
fatalidade, verdadeiramente, só existe quanto ao momento em que deveis aparecer
e desaparecer deste mundo."
Medita bem sobre
esta resposta, que compreenderás os nossos pensamentos com mais facilidade. A
morte é uma fatalidade, mas a data de sua ocorrência pode ser mudada por Aquele
que é puramente a vida. Reencarnar é uma fatalidade, mas as épocas são
variáveis para todos os seres. A existência das leis, se podemos dizer, é uma
fatalidade para todos nós, encarnados e desencarnados, desde quando precisamos
delas. Ao encontrarmos a verdade, tornando-nos livres, já somos a lei e somos a
vida, o caminho e a verdade. A liberdade de escolha do que deves passar
revestido pela carne é, ou pode ser, uma fatalidade gerada pela tua escolha,
que pode ser mudada, desde que Deus ache conveniente. A alma, pelo seu procedimento,
piora ou melhora sua situação.
Em cada mensagem
colocamos um traço do que pensamos da verdade, para que possas te cientificar
de que o Espiritismo cresce nas suas exposições, e que o progresso se estampa
nos seus conceitos, como força de Deus para a paz e a esperança de todas as
criaturas. Não deves te maravilhar dos feitos e do avanço da Doutrina dos
Espíritos porque, com o tempo, a força do Espiritismo dominará todo o mundo
mental das criaturas e mostrará a todos grandes coisas, como disse Jesus,
registrado por João no capítulo cinco, versículo vinte e oito:
“Não vos
maravilheis disto, porque vem a hora em que todos os que se acham nos túmulos ouvirão
a sua voz e sairão.”
As palavras de
Jesus, que os Espíritos superiores estão divulgando a todos, estão indo até os túmulos
e desligando os Espíritos ali chumbados aos restos mortais, mostrando a eles a esperança
de nova vida. Outras maravilhas deverão surgir, para glória d'Aquele que criou
a própria vida!
Livro: Filosofia
Espírita – Volume XVII
Miramez / João
Nunes Maia.
Estudando O
Livro dos Espíritos – Allan Kardec.
859. Com todos
os acidentes, que nos sobrevêm no curso da vida, se dá o mesmo que com a morte,
que não pode ser evitada, quando tem que ocorrer?
São de ordinário
coisas muito insignificantes, de sorte que vos podeis prevenir deles e fazer
que os eviteis algumas vezes, dirigindo o vosso pensamento, pois nos desagradam
os sofrimentos materiais. Isso, porém, nenhuma importância tem na vida que
escolhestes. A fatalidade, verdadeiramente, só existe quanto ao momento em que
deveis aparecer e desaparecer deste mundo.
859-a. - Haverá
fatos que forçosamente devam dar-se e que os Espíritos não possam conjurar,
embora o queiram?
Há, mas que tu
viste e pressentiste quando, no estado de Espírito, fizeste a tua escolha. Não
creias, entretanto, que tudo o que sucede esteja escrito, como costumam dizer.
Um acontecimento qualquer pode ser a conseqüência de um ato que praticaste por
tua livre vontade, de tal sorte que, se não o houvesses praticado, o
acontecimento não seria dado. Imagina que queimas o dedo. Isso nada mais é
senão resultado da tua imprudência e efeito da matéria. Só as grandes dores, os
fatos importantes e capazes de influir no moral, Deus os prevê, porque são
úteis à tua depuração e à tua instrução.
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