“Os Espíritos
superiores se exprimem de maneira simples, em profundidade; sem estilo é
conciso, sem excluir a poesia de idéias e de expressões, claro, inteligível
para todos, e não exige esforço para ser compreendidos; têm a arte de dizerem
muitas coisas com poucas palavras, porque cada palavra tem sua importância.” (Livro
dos Médiuns – Allan Kardec, 2ª parte – cap XXIV, item 267-9º).
Terão
verdadeiramente clareza de pensamento aqueles que trataram as “coisas simples”
com a merecida importância, e as “coisas importantes” com a devida
simplicidade.
Entre os
inúmeros pensamentos iluminados de Blaise Pascal – matemático, filósofo e
escritor francês do século XVII -, destacamos: “A eloqüência é arte de dizer as
coisas de tal maneira que aqueles a quem se fala possam entendê-las sem
esforço, cansaço, nem dificuldade, antes com interesse e prazer suficientes
para que o amor-proprio os leve de boa vontade a refletir sobre elas”.
Em psicologia, “compensação”
é um mecanismo de ajustamento ou de defesa que leva o indivíduo a desenvolver
certas potencialidades para suprir suas supostas deficiências. É um modo
prático de purificar estímulos indesejáveis. Por exemplo: o pressuposto de se
sentir sujo se transforma num excesso de limpeza. Um impulso de raiva pode
emergir de nossa intimidade e ser forjado por uma atitude de extremada
tolerância ou afabilidade. Uma criatura que cultiva um caráter de “certeza absoluta”
passa a ter, imperceptivelmente, um “comportamento dogmático”, por causa de
incertezas quanto à sua dignidade. Ou mesmo, um “pudor exagerado” é quase
sempre uma compensação para refrear desejos sexuais naturais. Assim também, uma
atitude de preocupação desmedida pela saúde de um parente poderá estar
compensando um desejo inconsciente de se liberar da responsabilidade com esse
mesmo familiar.
Obviamente, não
podemos suspeitar de toda boa inclinação como um disfarce psicológico. Estamos apenas
nos referindo aos comportamentos de reação exasperada e de tendências que
ultrapassam os limites da normalidade.
Muitas criaturas
acreditam que, para expressarem as mensagens espirituais, grafadas ou
verbalizadas, seria preciso recheá-las de frases empoladas acrescidas de pomposo
conhecimento ou literatura exibicionista. Talvez estejam só compensado sua
auto-imagem inferiorizada ou um sentimento de baixa auto-estima. O desejo de
auto-afirmação pode aparecer em forma de uma busca continuada de aprovação dos
outros.
O meio mais
fácil de reconhecer a verdadeira identidade dos Espíritos, ligado ou não na
matéria densa, é pela, “arte de dizerem muitas coisas com poucas palavras,
porque cada palavra tem sua importância”.
Eles são sintéticos,
ou seja, formulam uma operação intelectual agrupando fatos em um todo
harmonioso, lógico, estruturado e homogêneo, resumindo-os numa visão total e
abrangente. E se expressam com clareza de pensamento e de forma segura.
No mundo físico,
tanto como no mundo astral, as criaturas que pensam claramente desenvolveram a
harmonia interior ou de ordem mental. Elas sabem que, enquanto o “eu
superficial” não poderá iluminar o verdadeiro caminho para a vida plena. Aliás,
só quando elaborarmos a ordem mental é que conquistaremos a harmonia da alma.
“Os Espíritos
inferiores, ou falsos sábios, escondem sob a presunção e a ênfase o vazio dos
pensamentos. Sua linguagem, freqüentemente, é pretensiosa, ridícula, ou obscura
à força de querer parecer profunda”. (Livro dos Médiuns – Allan Kardec, 2ª
parte, cap. XXIV, item 267-9º).
Os sábios se
comunicam com sabedoria e simplicidade, são realistas, determinados e
decididos. Os pseudo-sábios falam com ostentação e pedantismo, são tediosos,
repetitivos e difusos. Querem parecer importantes aos olhos dos outros para
preencherem o vazio que sentem em seu íntimo, ou para compensarem sem complexo
de inferioridade ou determinados desejos frustrados.
No mundo
espiritual, há várias moradas e uma multidão de seres com diversos níveis de
consciência. Algumas moradas são coexistentes com a terra. Indivíduos que
buscam compensação em uma profunda sensação querer ser visto, ouvido,
apreciado, sintonizam com criaturas desencarnadas que cultivam essa mesma
necessidade de atenção. Estabelecem um ajuste vibracional com aqueles que
possuem um “perfil de maturidade” igual ao seu, produzindo e combinando fluidos
semelhantes, criando, assim, elos de idêntica natureza.
Um auto-exame
nos permitirá tocar mais fundo em nossa essência, possibilitando uma
compreensão acurada de nossos problemas existenciais.
O segredo da
libertação de todos os males está na auto-descoberta e na aceitação de si
mesmo. Quando mais evitarmos olhar para nossas facetas desajustadas,
compensando-as ilusoriamente ou projetando-as nas coisas ou nas pessoas, mais
nos distanciaremos da paz. E uma satisfação precária e temporária nos
acompanhará.
A evolução a que
a Doutrina Espírita se reflete acontece em conseqüência da mudança interior. A clareza
de pensamento aparece no decorrer do processo de amadurecimento e crescimento
espiritual, conduzindo-nos à compreensão de que toda deficiência precisa ser
corajosamente aceita e entendida, para poder ser mudada.
Livro: A
Imensidão dos Sentidos
Aprendendo a lidar com a sua mediunidade.
Espírito:
Hammed.
Médium:
Francisco do Espírito Santo Neto.
Estudando o
Livro dos Médiuns – Allan Kardec. Cap. XXIV
267 - 9º - Os
Espíritos superiores se exprimem com simplicidade, sem prolixidade. Têm o
estilo conciso, sem exclusão da poesia das idéias e das expressões, claro,
inteligível a todos, sem demandar esforço para ser compreendido. Têm a arte de
dizer muitas coisas em poucas palavras, porque cada palavra é empregada com
exatidão. Os Espíritos inferiores, ou falsos sábios, ocultam sob o empolamento,
ou a ênfase, o vazio de suas idéias. Usam de uma linguagem pretensiosa,
ridícula, ou obscura, à força de quererem pareça profunda.
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