sábado, 23 de fevereiro de 2013

O Médium e o Centro Espírita


O Centro Espírita é uma organização humana e no seu funcionamento precisa de muitos colaboradores, dentre eles os médiuns, que são os instrumentos usados pelos Espíritos para o intercâmbio espiritual entre os dois mundos. Daí, portanto, o Centro Espírita precisa do médium, assim como o médium precisa do Centro Espírita. A Doutrina Espírita sem a prática mediúnica ficaria incompleta e perderíamos belíssima oportunidade de restauração moral em decorrência dos exemplos e ensinamentos que vivenciamos, além de que as comunicações espirituais nos trazem muito conforto, consolo, amparo e aprendizado.

O Centro Espírita é importante para o médium como centro de apoio e força espiritual para o desempenho de suas tarefas doutrinárias (o mediunato).

O médium não deverá jamais desempenhar suas tarefas mediúnicas em seu lar ou em lares alheios. É imprescindível conscientizar-se sempre de que ser médium não é privilégio e que mediunidade não dá atestado moral a ninguém.

O médium tem o dever de conhecer as obras básicas da Codificação Espírita, de evangelizar-se e de divulgar o Espiritismo, dando-lhe atenção e carinho, isso é uma grande prova de amor.

O exercício da mediunidade exige perseverança, disciplina, amor, paciência, estudo e interesse contínuo.

O médium é uma pessoa comum, suscetível de variadas influências de caráter emotivo, daí, portanto é também merecedor de compreensão, solidariedade e carinho.

Médiuns, mediunidade e Espíritos estão todos a serviço de uma única causa: a evangelização da humanidade, alicerçada no “Amai-vos uns aos outros.” Mais importante que ser médium é ser bom. Quem vivencia o bem com consciência, o vivencia em plenitude.

Mediunidade é dada aos homens para o intercâmbio do bem, os médiuns que se afastarem desse caminho, estarão desvirtuando-a da sua finalidade básica e certamente responderão por isto. Seja qual for o setor de atividade a que estejamos engajados, a prática do bem é o essencial em nossas tarefas doutrinárias.

Devemos exercer a mediunidade, seja de que tipo for com respeito e carinho, sempre agradecendo a Deus por estarmos trilhando esta estrada de luz e levando a nossos semelhantes, encarnados e desencarnados, consolo, amor e carinho.

No desempenho dos deveres mediúnicos os médiuns deverão tomar por base a disciplina e a humildade; na qualidade de servidor, o médium não tem direito de ser arrogante ou presunçoso. É muito importante também que os médiuns tenham noção de limites, que conheçam o regulamento da Casa Espírita em que trabalham, isso é fundamental para que se evite algum tipo de relacionamento desagradável; primar sempre pela ordem e colaborar no que for possível para a harmonia, o bom funcionamento do Centro Espírita. A psicosfera psíquica de uma instituição revela o equilíbrio de seus trabalhadores.

É fundamental que os médiuns não se tornem, de forma alguma, em pedra de tropeço no bom desempenho das tarefas doutrinárias; nunca ser obstáculo à propagação da Doutrina; não ser instrumento de dissenções e discórdias nos estudos e atividades doutrinárias, evitando ataques pessoais, a pretexto de defender a verdade, do tipo: “pela Doutrina eu falo tudo, faço isto ou aquilo.” Quem ofende um ser humano dentro de um Centro Espírita, está desrespeitando a Doutrina; procurar se dirigir aos companheiros fraternalmente, nunca com presunção ou superioridade; que os médiuns não se invejem mutuamente, cada tipo de mediunidade cumpre com uma finalidade de suma importância no contexto geral do intercâmbio com o invisível. Que os médiuns sintam a responsabilidade que lhes pesa sobre os ombros e guardem vigilância redobrada contra os espíritos incendiários, aqueles que alimentam o fogo da desavença nos corações. Toda espécie de trabalho para produzir os melhores frutos carece de disciplina e abnegação, na mediunidade isso é indispensável. Confiar na orientação dos bons Espíritos, com paciência sempre se encontra boas soluções, as coisas se encaixam e se encadeiam no seu tempo certo.

No grupo mediúnico estar atento para identificar o medianeiro que se revele portador de determinadas deficiências e ampará-lo por todos os meios possíveis, para que em si a mediunidade seja fonte de luz e crescimento espiritual.

Mediunidade em si não é um mar-de-rosas, nem atividades de prazeres momentâneos, é, porém, oportunidade divina para mais rápida ascensão a todos aqueles que dela souberem se beneficiar, ou seja, usá-la com responsabilidade, exclusivamente para o Bem.

O médium que se pautar dentro dessa linha de conduta, terá, com certeza, grandes oportunidades onde estiver e fará da sua Casa Espírita um lugar de credibilidade e aconchego moral para tantos que necessitam de paz e orientação. Assim sendo o bom Centro Espírita se revelará pelos médiuns e trabalhadores que possui.

A Casa Espírita e o médium estão interligados e interdependentes.
Livros: Mediunidade e Evangelho – Carlos Baccelli/Odilon Fernandes (Espírito) e Conduta Espírita – Waldo Vieira / André Luiz (Espírito).

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