O Centro
Espírita é uma organização humana e no seu funcionamento precisa de muitos
colaboradores, dentre eles os médiuns, que são os instrumentos usados pelos
Espíritos para o intercâmbio espiritual entre os dois mundos. Daí, portanto, o
Centro Espírita precisa do médium, assim como o médium precisa do Centro
Espírita. A Doutrina Espírita sem a prática mediúnica ficaria incompleta e
perderíamos belíssima oportunidade de restauração moral em decorrência dos
exemplos e ensinamentos que vivenciamos, além de que as comunicações
espirituais nos trazem muito conforto, consolo, amparo e aprendizado.
O Centro
Espírita é importante para o médium como centro de apoio e força espiritual
para o desempenho de suas tarefas doutrinárias (o mediunato).
O médium não
deverá jamais desempenhar suas tarefas mediúnicas em seu lar ou em lares
alheios. É imprescindível conscientizar-se sempre de que ser médium não é
privilégio e que mediunidade não dá atestado moral a ninguém.
O médium tem o
dever de conhecer as obras básicas da Codificação Espírita, de evangelizar-se e
de divulgar o Espiritismo, dando-lhe atenção e carinho, isso é uma grande prova
de amor.
O exercício da
mediunidade exige perseverança, disciplina, amor, paciência, estudo e interesse
contínuo.
O médium é uma
pessoa comum, suscetível de variadas influências de caráter emotivo, daí,
portanto é também merecedor de compreensão, solidariedade e carinho.
Médiuns,
mediunidade e Espíritos estão todos a serviço de uma única causa: a
evangelização da humanidade, alicerçada no “Amai-vos uns aos outros.” Mais
importante que ser médium é ser bom. Quem vivencia o bem com consciência, o
vivencia em plenitude.
Mediunidade é
dada aos homens para o intercâmbio do bem, os médiuns que se afastarem desse
caminho, estarão desvirtuando-a da sua finalidade básica e certamente
responderão por isto. Seja qual for o setor de atividade a que estejamos
engajados, a prática do bem é o essencial em nossas tarefas doutrinárias.
Devemos exercer
a mediunidade, seja de que tipo for com respeito e carinho, sempre agradecendo
a Deus por estarmos trilhando esta estrada de luz e levando a nossos
semelhantes, encarnados e desencarnados, consolo, amor e carinho.
No desempenho
dos deveres mediúnicos os médiuns deverão tomar por base a disciplina e a
humildade; na qualidade de servidor, o médium não tem direito de ser arrogante
ou presunçoso. É muito importante também que os médiuns tenham noção de
limites, que conheçam o regulamento da Casa Espírita em que trabalham, isso é
fundamental para que se evite algum tipo de relacionamento desagradável; primar
sempre pela ordem e colaborar no que for possível para a harmonia, o bom
funcionamento do Centro Espírita. A psicosfera psíquica de uma instituição
revela o equilíbrio de seus trabalhadores.
É fundamental
que os médiuns não se tornem, de forma alguma, em pedra de tropeço no bom
desempenho das tarefas doutrinárias; nunca ser obstáculo à propagação da
Doutrina; não ser instrumento de dissenções e discórdias nos estudos e
atividades doutrinárias, evitando ataques pessoais, a pretexto de defender a
verdade, do tipo: “pela Doutrina eu falo tudo, faço isto ou aquilo.” Quem
ofende um ser humano dentro de um Centro Espírita, está desrespeitando a Doutrina;
procurar se dirigir aos companheiros fraternalmente, nunca com presunção ou
superioridade; que os médiuns não se invejem mutuamente, cada tipo de
mediunidade cumpre com uma finalidade de suma importância no contexto geral do
intercâmbio com o invisível. Que os médiuns sintam a responsabilidade que lhes
pesa sobre os ombros e guardem vigilância redobrada contra os espíritos
incendiários, aqueles que alimentam o fogo da desavença nos corações. Toda
espécie de trabalho para produzir os melhores frutos carece de disciplina e
abnegação, na mediunidade isso é indispensável. Confiar na orientação dos bons
Espíritos, com paciência sempre se encontra boas soluções, as coisas se
encaixam e se encadeiam no seu tempo certo.
No grupo
mediúnico estar atento para identificar o medianeiro que se revele portador de
determinadas deficiências e ampará-lo por todos os meios possíveis, para que em
si a mediunidade seja fonte de luz e crescimento espiritual.
Mediunidade em
si não é um mar-de-rosas, nem atividades de prazeres momentâneos, é, porém,
oportunidade divina para mais rápida ascensão a todos aqueles que dela souberem
se beneficiar, ou seja, usá-la com responsabilidade, exclusivamente para o Bem.
O médium que se
pautar dentro dessa linha de conduta, terá, com certeza, grandes oportunidades
onde estiver e fará da sua Casa Espírita um lugar de credibilidade e aconchego
moral para tantos que necessitam de paz e orientação. Assim sendo o bom Centro
Espírita se revelará pelos médiuns e trabalhadores que possui.
A Casa Espírita
e o médium estão interligados e interdependentes.
Livros:
Mediunidade e Evangelho – Carlos Baccelli/Odilon Fernandes (Espírito) e Conduta
Espírita – Waldo Vieira / André Luiz (Espírito).
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