0263/LE
O Espírito não
tem condições de escolher, logo após a desencarnação, quando deverá ocorrer sua
próxima vida na Terra, principalmente se ele está envolvido pelas paixões
terrenas. É necessário que tenha um tempo. Pode acontecer a um Espírito mais
consciente de seus deveres, reencarnar logo, mesmo assim é muito raro não haver
intervalo entre as duas vidas.
Não podemos
precisar ao certo a duração desses intervalos. Tudo, tornamos a dizer, é
relativo.
Os Espíritos
inferiores, relata "O Livro dos Espíritos", acreditam na eternidade
das penas. A sua mente foi trabalhada nisso por muitos anos e o condicionamento
não cede lugar facilmente para outras idéias, a não ser com o trabalho do
tempo. Há Espíritos que demoram séculos para voltar à carne, e outros, pouco
tempo; depende das necessidades de cada um e da vontade de Deus.
A Doutrina
Espírita evita o equívoco sobre as leis, que as velhas religiões interpretaram
mal e nas quais, ainda mais, acrescentaram leis humanas, enxerto esse com vista
aos lucros materiais, para submeter as almas aos seus caprichos. O Espiritismo
dá lições valiosas no sentido de libertação, ganhando tempo, de maneira que o
Espírito, logo depois da libertação física, passa a entender com mais
facilidade o mundo em que foi chamado a servir.
Tudo precisa de
preparo, e o Pai Celestial não Se esqueceu de escolas de todas as naturezas, estendidas
em profusão por todos os mundos habitados, e certamente nos mundos espirituais,
onde os Espíritos puros e inferiores trocam, em todos os encontros,
experiências necessárias ao crescimento de cada um.
O objetivo da
vida é despertar os valores do Espírito, dar-lhe condições para que ele cuide
de si mesmo, sob as bênçãos do Criador. Quem começa a conhecer essas verdades
passa a persuadir-se a si mesmo, porque somente Deus e ele sabem cuidar das
suas necessidades.
Tudo o que vier
de fora servirá como toque, mas as decisões e a vivência devem nascer de dentro,
pelo esforço próprio.
Não há violência
pelas forças superiores; há exposição pelos comandos maiores. Quando a alma já
deixa a carne com algum conhecimento, ela avança com mais rapidez no seu despertamento
espiritual. No fundo de todas as escolhas aparece a própria individualidade, pois,
quando essa escolha não é feita pela razão, ela ocorre de acordo com as necessidades
de progredir.
O mundo é um
fruto que já denuncia maturidade. A humanidade passa por processos inumeráveis
de entendimento, de modo a perceber, por meios diversos, as leis que lhe podem indicar
o caminho, a verdade e a vida.
As leis são as
mesmas, tanto no mundo espiritual quanto na Terra. Certas mudanças se referem
ao estado em que se encontra a alma. Quantas pessoas nascem e logo após o nascimento
desencarnam? Quantos aqui permanecem por pouco tempo, e muitos outros alcançam
idades avançadas? Assim também o Espírito. No mundo espiritual, uns permanecem nele
por pouco tempo; outros, mais ou menos tempo, e alguns, por muitos séculos.
Que Deus nos
abençoe, para conhecermos mais e mais as Suas leis que, por enquanto, começamos
a entender.
Livro: Filosofia
Espírita. Vol. VI
Miramez / João Nunes
Maia.
Estudando O
Livro dos Espíritos – Allan Kardec.
Escolha das
provas
263. O Espírito
faz a sua escolha logo depois da morte?
Não, muitos
acreditam na eternidade das penas, o que, como já se vos disse, é um castigo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário