Reunião pública
de 23.1.61
1ª Parte, cap.
VII, § 8
Não esperarás
pela fortuna, a fim de servir à beneficência.
Muitas vezes, na
pesquisa laboriosa do ouro, gastarás o próprio corpo em cansaço infrutífero.
***
Cede, hoje
ainda, a pequena moeda de que dispões em favor dos necessitados.
O vintém que se
transforma no pão do faminto vale mais que o milhão indefinidamente sepultado
no cofre.
***
Não reqüestarás
a glória acadêmica para colaborar na instrução.
Muitas vezes, na
porfia da conquista de lauréis para a inteligência, desajustarás, debalde, a própria
cabeça.
***
Ampara, hoje
ainda, o irmão que anseia pelo alfabeto.
Leve explicação
que induza alguém a libertar-se da ignorância vale mais que o diploma nobre,
guardado inútil.
***
Não exigirás
ascensão ao poder humano a fim de proteger as vidas alheiras.
Muitas vezes, na
longa procura de autoridade, consumirás, em vão, o ensejo de auxiliar.
***
Acende, hoje
ainda, para essa ou aquela criança extraviada, a luz do caminho certo.
Pequeno gesto
edificante, que incentiva um menino a buscar o melhor, vale mais que a posição
brilhante sem proveito para ninguém.
***
Não solicitarás
feriado para socorrer os aflitos.
Muitas vezes,
reclamando tempo excessivo para cultivar a fraternidade, perderás, improficuamente,
o tesouro dos dias.
***
Estende, hoje
ainda, alguma palavra confortadora aos companheiros que a provação envolve em
lágrimas.
Uma hora de
esclarecimento e esperança no consolo aos que choram vale mais que um século de
existência, amarrado à preguiça.
***
Não percas
ocasião para o teu heroísmo, nem aguardes santidade compulsória para demonstrações
de virtudes.
Comecemos a
cultura das boas obras, hoje ainda, onde estivermos, porque toda migalha do bem
com quem for e onde for, é crédito acumulado ou começo de progresso na justiça Divina.
Livro: Justiça
Divina.
Emmanuel / Chico
Xavier.
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