Não é permitido
ao homem conhecer o princípio das coisas na sua profundidade absoluta. Se o
macrocosmo é infinito diante dos sentidos dos seres humanos, o microcosmo
igualmente o é, na estrutura que lhe foi dada por Deus.
O Espírito, na
faixa em que se encontra na Terra, não desenvolveu sentidos ainda, para
conhecer o que pretende, para pesquisar a infra-estrutura da matéria e
desvendar os seus segredos.
A força poderosa
que se esconde na forma não poderá, por enquanto, ser conhecida e dominada
pelos homens, por lhes faltar amor no coração, o bastante para não usar sua
expansão dinâmica nas guerras fratricidas, e contra a própria vida no planeta
em que habitam. Basta o que já conhecem, como sendo uma misericórdia.
A fome que se
passa na Terra, as necessidades de veste e de instrução, não significam falta,
na realidade. Tudo isso existe com abundância em todos os pontos da casa
terrena; somente o que falta é a fraternidade entre os povos e a educação entre
as criaturas. Quando o amor for uma força dominante no seio dos homens, nada
faltará, na sua expressão de todos os suprimentos. E a vida tomará nova feição
em todos os ângulos do mundo, como sendo um reino de Deus florindo no reino dos
homens.
A revelação é
gradativa e o será sempre. A evolução científica deve acompanhar a moral, para
que haja equilíbrio em todos os pontos de elevação e despertar. É justo que
notemos, neste fechar de século, o interesse que os homens e Espíritos
desencarnados têm pela difusão do Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo e o
esforço que se faz em todas as nações para a melhoria do homem, em todos os
seus aspectos. Só não dá para se notar esse esforço com mais evidência, por
estar ele no começo; no entanto, o terceiro milênio que se aproxima revelará
essa verdade com acentuação expressiva, pois já existe uma preocupação de
certos governantes na educação dos povos, no que se relaciona aos preceitos
incomparáveis da Boa Nova do Mestre. Sem o Evangelho no coração das criaturas,
jamais haverá paz no mundo, porque ele faculta a conquista da paz, em primeiro
lugar, na intimidade de cada um.
Podemos observar
no ar que respiramos e na luz que nos dá alegria de viver, o anúncio do fim dos
tempos, dos tempos de inquietações, para que possa surgir o ambiente de
verdadeira paz, aquele que deveremos conquistar juntamente com o Cristo à
frente dos nossos destinos. Não é permitido às almas recuarem no tempo e no
espaço. As leis de Deus estabelecem e comandam: a ordem é somente de avanço.
A escola do
conhecer é infinita e livre na sua conjuntura educativa, entretanto, marca para
todos os seres, conforme a sua escala evolutiva, pontos vermelhos, indicando
basta, para que não venhamos a cair em novas tentações, pois o conhecimento sem
amor pode nos levar à derrocada. De agora em diante o cerco está se fechando,
para que possamos nos prevenir contra as grandes calamidades, pela força da
educação, e aumentar a nossa confiança pelo muito que devemos amar, O Evangelho
deve ser conhecido por todos os povos e disseminado para todas as criaturas,
porque ele é força que nos garante a paz nos caminhos que percorremos.
Quanto ao
interesse de conhecer a intimidade da matéria, não deve ser apagado, porém,
esse saber vai surgindo pelo impulso da nossa evolução e as necessidades que
forem surgindo no nosso aprendizado. Oremos juntos, homens e Espíritos livres
da matéria, para que o equilíbrio não nos falte no nosso despertar para Deus.
Livro: Filosofia
Espírita. Vol. I
Miramez / João
Nunes Maia.
Estudando O
Livro dos Espíritos – Allan Kardec.
Conhecimento do
princípio das coisas.
17. É dado ao
homem conhecer o princípio das coisas?
Não, Deus não
permite que ao homem tudo seja revelado neste mundo.
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