Minha filha:
Deus nos guie
para diante.
Atendamos aos
Desígnios do Senhor que nos redime pelo sofrimento, como o oleiro consegue
purificar a argila do vaso pela bênção do fogo.
Não tenhamos em
mente senão a soberana e compassiva determinação do Alto para que possamos
realmente triunfar.
Não sabemos a
hora da grande renovação, mas não ignoramos que a renovação virá,fatalmente, em
favor de cada um de nós.
Assim sendo, não
nos preocupemos quanto à estrada que nos cabe palmilhar; mas sim, busquemos, em
nós e fora de nós, a precisa força para vencê-la dignamente.
Sigo-te ou,
aliás, seguimos-te o calvário silencioso.
Não te
desanimes, nem te inquietes.
Caminha
simplesmente.
Existe para nós
o divino modelo daquela Mulher venerável e sublime que, depois de escalar o
monte, tudo perdeu na Terra; sabendo, porém, conservar-se ligada ao Pai de
Infinita Misericórdia, convertendo em trabalho e conformação, em prece e
esperança, as chagas da própria dor.
Maria, nossa Mãe Santíssima, não é mãe
ausente do coração que a Ela recorre.
Inspiremo-nos em
seu martirológio de angústia e saibamos fazer de nossos padecimentos um celeiro
de graças.
A aflição que se
submete a Deus, procurando-lhe as diretrizes, é uma âncora de sustentação; mas
aquela que se perde em desespero infrutífero é um espinheiro de fel.
Soframos com
calma, com resignação invariável, de mãos no arado de nossos deveres e de olhos
voltados para o Céu.
É preciso
coragem para não esmorecer, porquanto, para as mães, a renúncia como que se
converte em alimento de cada dia.
Recordemos,
porém, nossa Mãe do Céu e sigamos com destemor.
Não te faltará o
arrimo das amizades celestiais que te cercam e pedindo-te confiar em minha velha
dedicação, sou a amiga de sempre, que se considera tua mãe espiritual.
Livro: Relicário
de Luz.
Espíritos
Diversos / Chico Xavier.
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