Sê
bendita, moeda, quando surges
Pelo
esforço de alguém,
Amparando
outro alguém, que te liberta
Por
sustento do bem.
Honrada
sejas sempre quando atinges
Os
mais remotos ângulos do mundo
À
feição de alavancas do progresso
No
trabalho fecundo.
Respeitada
te vejas como apoio
Na
civilização, dia por dia,
Espalhando
na Terra, em toda parte,
Reconforto
e alegria.
Veneranda
te mostres sob a forma
Em
que o poder humano te estrutura,
A
fim de garantir os méritos da escola
No
clima luminoso da cultura.
Sê
bendita, porém, com mais grandeza
Onde
a força que encerras se consome
Para
ser pão e luz, abraçando e extinguindo
A
penúria sem nome.
Enaltecida
sejas com mais gloria,
Na
sombra em que teu brilho sobrenade
Para
lenir a dor que obscurece
As
trilhas da viuvez e da orfandade.
Louvada
sejas mais ardentemente,
Na
mão fraterna e boa que te alcança,
A
fim de transformar-te, vida em fora,
Em
fé, socorro e paz, caridade e esperança.
Por
toda a evolução que orientas e trazes
Onde
a vida, moeda, te afeiçoe,
Mas,
sobretudo, pelo bem que fazes
Deus
te eleve e abençoe.
Livro:
Antologia da Espiritualidade.
Maria
Dolores / Chico Xavier.
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