... A alegria
apareceu e plantou belo jardim...
Conta-se que o
Senhor desejou levantar grande mansão destinada à moradia de certo orientador
de encargos complexos, num mundo feliz, e para isso convocou algumas das
Virtudes do seu Reino de Sabedoria e de Amor.
Apareceu a
Geometria e escolheu o local no topo de um monte.
Veio o Cálculo e
traçou os planos.
Chegou o Gênio
das Invenções e ergueu máquinas que garantissem a segurança e o conforto na
construção.
Surgiu o
Equilíbrio e orientou a formação de pisos e vigas cornijas e paredes, tetos e
mirantes.
Destacou-se a
Higiene, que cuidou de tudo o que se reportava ao asseio.
Veio a Beleza e
decorou o palácio com imagens e cores de elevada significação.
A Cultura entrou
em atividade e organizou valiosa biblioteca.
A Prudência
compareceu e guiou a fabricação de portas e chaves.
A Alegria
apareceu e plantou belo jardim.
Terminada a
obra, o Senhor veio examiná-la mas não pareceu satisfeito.
Alguns dos
aposentos eram sombrios e depois de entardecer a noite dominava todo o grande
recinto. A vista disso, recomendou mais ampla cooperação dos Cimos e a Administração
dos Céus enviou-lhe outra Virtude que não pedia qualquer consideração.
Abordou a
paisagem, evitando os espelhos da popularidade e da fama, penetrou no castelo, sem
perder tempo, e, lá dentro, esculpiu a tomada elétrica, retirando-se logo após.
Desde esse
momento, a vivenda, tanto quanto quisessem os moradores, convertia-se em
soberbo espetáculo de luz.
Multidões de
curiosos cercarm a mansão, no intuito de algo perguntar a quem realizara
semelhante prodígio, no entanto, não mais encontraram a mensageira.
Souberam apenas
que essa Virtude trazia o nome de Humildade.
Livro: Amizade.
Meimei / Chico
Xavier.
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