"Tudo me é
lícito, mas nem tudo me convém.”
Paulo de Tarso
I Coríntios. 6,12.
"O Espírita (cristão) deve afastar-se de
festas lamentáveis, como aquelas que assinalam a passagem do carnaval,
inclusive as que se destaquem pelos excessos de gula, desregramento ou
manifestações exteriores espetaculares. A verdadeira alegria não foge da
temperança".
Autor: André Luiz (espírito)
Psicografia de Waldo Vieira. Do
livro: "CONDUTA ESPÍRITA"
Chegou a hora
de um novo carnaval, mas este que vai começar agora não será como os outros.
Desta vez, a festa da carne já não será tão caracterizada pelo disfarce das
fantasias, com as quais as potências malignas sempre se esmeraram em camuflar e
colorir os seus mais temíveis propósitos. As máscaras não são mais tão
necessárias, nem mesmo desejáveis. Agora a nudez é a norma, com toda a sua
agressiva desfaçatez. Não apenas a nudez de corpos frenéticos, a nudez da carne
soberana e sem freios, mas sobretudo a nudez dos pensamentos que se descobrem,
acintosamente, sem qualquer pudor, na ostensiva clareza das pretensões mais
abjetas.
Neste fim de
tempos, com a permissão divina, para a necessária triagem, que vai finalmente
separar o joio do trigo, o mal dispensa as velhas armaduras e não teme
mostrar-se na completa arrogância da sua fria crueza.
O crime não
escolhe mais nem hora, nem meios, nem ambientes, nem vitimas.
A festa que se
prenuncia é de carne, mas de carne sangrenta, sofrida e humilhada, de carne em
processo de franca decomposição, ainda antes do processo da morte física.
A violência já
armou o seu cenário no grande palco do mundo e a função não tardará a começar,
Nos bastidores da realidade, já começou, e dentro em pouco a cortina das
conveniências será rasgada, para que o drama vingue, infrene, em toda a sua
arrasadora plenitude.
A subida dos
infernos é como o levantar-se do lodo dos abismos, que tolda todas as águas,
antes de cristalina aparência. Não se poderia, no entanto, purificar
verdadeiramente os mananciais, sem que o lodo do fundo fosse antes trazido à
superfície, para ser então coado.
Os espíritos
prevenidos, que tem olhos de ver e ouvidos de ouvir, agirão como aquelas
criaturas prudentes a que os Evangelhos se referem, ao invés de deixar-se
arrastar pela correnteza das aluviões sem freio e sem rumo.
Depois das
orgias e dos excessos, das violências e dos enganosos triunfos da força humana,
virão as lágrimas redentoras e as penas merecidas, mas a noite se escoará, com
todas as suas amarguras, nas claridades sublimes e definitivas da Nova Era
Cristã.
É bem de ver
que, para os discípulos leais a Jesus, as horas que se aproximem, tão
ansiosamente aguardadas pelos gozadores e pelos velhacos, não serão de festa,
mas de vigília, de jejum e de oração, de testemunhos de renúncia e de coragem.
isso será, porém, altamente
compensador, porque é vindo o momento anunciado em que os habitantes dos
"vales" devem fugir para os 'montes'.
Em face da
turbulência que se avizinha, nós vos almejamos muita paz ao coração. E enquanto
os tambores, os clarins, as balas e os impropérios estiverem poluindo o ar da
Terra, que haja no íntimo de nossas almas, a ecoar como música celeste, o som
excelso das promessas de amor de Nosso pai".
Áureo (espírito)
Psicografia de Hernani Santana
Livro: "CORREIO ENTRE DOIS
MUNDOS"
"Nenhum
espírito equilibrado em face do bom senso, que deve presidir a existência das
criaturas, pode fazer a apologia da loucura generalizada que adormece as
consciências, nas festas carnavalescas”.
"Há
nesses momentos de indisciplina sentimental o largo acesso das forças da treva
nos corações e, às vezes, toda uma existência não basta para realizar os
reparos precisos de uma hora de insânia e de esquecimento do dever'.
"É
incontestável que a sociedade pode, com o seu livre-arbítrio coletivo, exibir
superfluidades e luxos nababescos, mas, enquanto houver um mendigo abandonado
junto de seu fastígio e de sua grandeza, ela só poderá fornecer com isso um
eloqüente atestado de sua miséria moral".
Emmanuel / Chico Xavier
Minha pequena contribuição: O carnaval onde as pessoas se divertem sem segundas intenções; como se prostituirem, se drogarem e sem beber em excesso, evitando acidentes tanto para si como para o seu próximo é uma festa sadia e linda. No momento em que fazemos dele arruaças, badernas e bagunças; no auto-desprezo a integridade do próximo, ele passa a ser deprimente e despressível, assim, como toda e qualquer festa pode acabar em desgraças. Ao sair para se divertir lembre-se nem todos vão com essa intenção. Pense Nisto! Antônio Ramos.
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