sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014
Carnaval: Uma Festa Espiritual – Geraldo Campetti.
É natural que
queiramos saber a visão espírita sobre o carnaval. O que o Espiritismo diz
sobre o assunto?
Opiniões
materialistas de apoio e espiritualistas de condenação reforçam a consagrada
dicotomia entre o mal e o bem, a sombra e a luz, o errado e o certo, o material e o espiritual. A visão
maniqueísta do a favor ou do contra, do conflito entre dois lados opostos, é
tendência comum para registrar o posicionamento de adeptos e críticos ante a
curiosa temática.
Por mais que
argumentemos, eis uma questão que continuará suscitando acerbas discussões
durante muito tempo, até que ela deixe de ter importância. Ainda não é a nossa
situação. Falar sobre o carnaval é necessário, pois vivemos a festividade
anualmente, com data marcada: a mais comemorada e outras tantas, que se
prolongam no decorrer do ano em várias regiões do país e do planeta.
Para que
possamos entender melhor o tema, é necessário que percebamos o seu real
significado. A par de todas as movimentações de planejamentos e preparativos,
ações e zelo – que denotam certa arte e cultura na apresentação de desfiles com
seus carros alegóricos e foliões -, somadas as festividades de matizes
diversificados, em que grupos se reúnem para comemorações sem medida, não
podemos deixar de reconhecer que o carnaval é uma festa espiritual.
O culto à carne
evoca tudo o que desperta materialidade, sensualidade, paixão e gozo. O forte
apelo do período que antecede, acompanha e sucede o evento ao deus Mamon guarda
íntima relação com o conúbio de energias entre os dois planos da vida, o físico
e o extrafísico, alimentado pelos participantes, “vivos de cá e de lá”, que se
deleitam em intercâmbio de fluidos materialmente imperceptíveis à maioria dos
carnavalescos encarnados.
Vivemos em
constante relação de intercâmbio, conectando-nos com os que nos são afins pelos
pensamentos, gostos, interesses e ações. Sem que nos apercebamos, somos
acompanhados por uma “nuvem de testemunhas”, que retrata nossa situação íntima.
Não cabe a
análise sob a ótica de proibições ou cerceamento de vontades. Todos somos
livres para fazer as escolhas que julgarmos convenientes. Porém, não podemos
nos esquecer de que igualmente somos responsáveis, individual ou coletivamente,
pelas opções definidas em nossa vida.
O Espiritismo
não condena o carnaval, mas, também, não estimula suas festividades. Nesse
período são cometidos excessos de todos os graus, com abusos e desregramentos
no âmbito do sexo, das drogas, da violência; exageros que extravasam
desequilíbrio e possibilitam a atuação de espíritos inferiores que se
locupletam com a alimentação de fluidos densos formadores de uma ambiência
espiritual de baixo teor vibratório.
Carnaval é, de fato, uma festa espiritual.
Porém, eu não quero participar dessa festa. E você?
O espírita
verdadeiro pode e deve aproveitar o feriado prolongado para estudar, trabalhar,
ajudar aos outros e conectar-se com o Plano Maior da Vida em elevada
festividade espiritual que nos faz bem, proporcionando real alegria e plenitude
ao Espírito imortal.
http://www.febnet.org.br
quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014
quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014
Palavra do Dia / Vorto de la tago - 4
Pentri- pintar, pincelar
Prezenti ion per strekoj kaj koloroj:
(Apresentar algo com pinceladas e
cores:)
Pentri viron, arbon, pejzaĝon per oleo, per akvarelo.
Pintar um homem, uma árvore, uma
paisagem com óleo, com aquarela.
Li pentris la diinon nuda.
Ele pintou a deusa nua.
La suno pentris brilan strion sur la
vasta akvaro.
O sol pintou uma faixa brilhante sobre a
vasta extensão de água.
La luno pentris sur la ĝardenoj ombrojn
de l' piramidoj
A lua pintou sobre os jardins sombras
das pirâmides.
Sur lia vizaĝo estis pentrita la kutimo
diri la veron.
Sobre seu rosto foi pintado o costume de
dizer a verdade.
(Figure) Priskribi karakterojn aŭ scenojn per vortoj
(Em sentido figurado) Descrever
personagens ou quadros por meio de palavras.
Li majstre pentris la ĝojojn kaj
malĝojojn de la humiluloj
Ele pintou magistralmente a felicidade e
a tristeza dos humildes.
Pentri la homojn tiaj, kiaj ili devus
esti.
Pintar os homens tais quais eles
deveriam ser.
Vorto de la Tago - Programo Mia Amiko
Kontribuo de Len
http://esperanto.brazilo.org
Caráter de Cada Povo - Miramez
0215/LE
Cada povo se
encontra reunido pela analogia de sentimentos. Os semelhantes se atraem por lei
universal da própria justiça, entretanto, o amor tem o poder de não generalizar
essa lei, porque Deus é amor e bondade. Sempre no seio de cada nação reencarnam
Espíritos elevados, condutores de massas humanas, trazendo a divina missão de
paz e de entendimento, como sendo misericórdia para os que sofrem e choram.
Quase todos os que ali se agrupam se encontram jungidos uns aos outros pelos
mesmos sentimentos, juntos nos mesmos ideais; é mais fácil de se educarem.
Quem observa o
caráter distintivo de cada país entenderá porque ele aceita certas leis de bom grado;
voltadas aos mesmos sentimentos dos filhos que ali aportaram, pela afinidade
dos ideais. Se, na formação de um país, os que serviram de base para a nação
forem belicosos, serão atraídos, para serem seus filhos, Espíritos que sentem
prazer em guerras. Entrementes serem, a bondade de Deus e de Jesus é tão grande
que eles enviam ao seio desses povos Espíritos de alta envergadura, em vários
pontos de entendimento, para semear a paz e fazer compreender aos guerreiros,
que somente o amor salva as criaturas das agressões internas, propiciando-lhes
clima saudável para a tranqüilidade de consciência.
Essa resposta de
"O Livro dos Espíritos", à pergunta duzentos e quinze, é, pois, uma
verdade que se pode observar pelos processos racionais. Cada povo atrai, para a
sua comunidade, Espíritos da mesma índole. Essa é a lei de justiça, mas,
igualmente a lei de amor que rege todo o universo. É o que chamamos de
harmonia.
Quando se
adentra um supermercado, correndo os olhos nas expostas prateleiras, poder-se-á
observar que cada coisa se encontra em seu lugar. Pois bem, isso satisfaz a
nossa visão, e a alegria parece brotar em nosso rosto, por estar tudo
obedecendo a esta ordem, de cada qual com o seu igual. Se não houvesse essa
organização, provavelmente os fregueses fugiriam de tal casa comercial.
Assim como cada
família atrai, para serem seus filhos, almas das mesmas idéias, o mesmo ocorre
com as nações, com pequena percentagem que se refere às grandes almas, que vêm ao
mundo, onde quer que seja, para servirem de instrumento do amor e da verdade.
Analisando e
observando o comportamento dos Espíritos que, em sua maioria, reencarnam em países
que se destacam pelas suas ações de guerra, na indústria, nas artes, na
religião, facilmente concluímos que são almas afins, de caráter distinto, com
ideais idênticos.
Compete aos
dirigentes das nações cujos povos apresentem vocações belicosas, de fanatismo religioso,
político-extremados, ou tendências de se impor sobre os outros povos,
diligenciar no aprimoramento de seus filhos. A educação e o saber dependem do
alimento espiritual do amor.
A Doutrina dos
Espíritos, que nasceu na França, foi transferida para o Brasil a fim de não morrer,
para o Brasil, expulsa que foi daquele país, pela mesma lei a que nos
referimos.
Grandes
missionários ali aportados subiram para planos elevados e a doutrina de Jesus
perdeu sua analogia com os que ficaram. Entretanto, na nação brasileira, ela
encontrou seu verdadeiro berço, onde cresceu e prosperou como sendo o maior
celeiro de educação para todos os povos.
Vamos pensar na
promessa evangélica de um só rebanho e um só pastor. O futuro nos espera.
Que Jesus possa
transformar a humanidade pelos métodos ensinados pelo Evangelho, fazendo
desaparecer de todas as nações os dois monstros que devoram os povos e insuflam
neles as guerras, o ódio, a vingança, e as separações, que são o orgulho e o
egoísmo. No amanhã, vamos ter notícias da felicidade na Terra, no entanto, as
suas raízes se encontram em cada criatura.
Livro: Filosofia
Espírita – Vol. V
Miramez / João
Nunes Maia.
Estudando O
Livro dos Espíritos – Allan Kardec.
Parecenças
físicas e morais
215. Que é o que
dá origem ao caráter distintivo que se nota em cada povo?
Também os
Espíritos se grupam em famílias, formando-as pela analogia de seus pendores
mais ou menos puros, conforme a elevação que tenham alcançado. Pois bem! Um povo
é uma grande família formada pela reunião de Espíritos simpáticos. Na tendência
que apresentam os membros dessas famílias, para se unirem, é que está a origem
da semelhança que, existindo entre os indivíduos, constitui o caráter
distintivo de cada povo. Julgas que Espíritos bons e humanitários procurem,
para nele encarnar, um povo rude e grosseiro? Não. Os Espíritos simpatizam com
as coletividades, como simpatizam com os indivíduos. Naquelas em cujo seio se
encontrem, eles se acham no meio que lhes é próprio.
Vidas Sucessivas na Terra - Miramez
0172/LE.
Nem todos os
Espíritos que ora estagiam na Terra, tiveram nela as primeiras reencarnações.
Muitos já viveram em outros mundos, dos quais guardaram muitas experiências,
que lhes servem de amparo contra muitos males.
A Terra, pelo
que sabemos, é um dos mundos atrasados, não dos mais atrasados, no entanto. Ela
está na situação dos globos que logo passarão de mundos de expiação para mundos
de regeneração, onde o amor começa a despontar nos corações das almas, e Jesus será
entendido pelos processos da dor, de sorte que as lições do Mestre serão
vividas na sua feição mais pura. Há, porém, ainda, uma distância da teoria dos
conceitos evangélicos à verdade prática.
Cabe à Doutrina
dos Espíritos fazer reviver na Terra os ensinamentos do Divino Mestre na sua
pureza, para que as almas descubram pelos próprios esforços, a luz do
entendimento, dando início à caminhada de libertação espiritual. A humanidade
em geral se encontra muito distante da perfeição, contudo, está a caminho, e
isso para nós outros que convivemos com os homens, é motivo de grande alegria
ao vê-los trabalhando, dia a dia, em busca da melhoria espiritual.
O Evangelho de
Nosso Senhor Jesus Cristo pode ser entendido em várias dimensões, de acordo com
a elevação do Espírito. Estamos empenhados, Espíritos e espíritas, em buscar, na
profundidade do tempo, o verdadeiro Evangelho, do modo que foi vivenciado pelo
Guia Espiritual da humanidade. Para tanto, devemos nos esforçar no cumprimento
desse dever que, para nós outros, é uma glória, de recordar o que foi dito para
nós há quase dois mil anos Compete a cada criatura esforçar-se em todas as
direções do saber, para que o amor, aquele ensinado por Jesus, venha à tona da
consciência, no sentido de libertar todas as criaturas da ignorância, fazendo
lembrar a profecia de Moisés, da descoberta do “Paraíso Perdido” onde poderemos
encontrar o leite da vida e o mel da perfeição espiritual.
Se a lei da
reencarnação nos fala que já passamos em muitos mundos, recolhendo experiências,
devemos a esses mundos o que aprendemos; portanto, a mesma lei do amor pede que
devolvamos o que recebemos em forma de fraternidade universal, enriquecendo a vida
e despertando em nós os valores que nos foram legados. Não é somente a Terra
que tem as possibilidades de receber rebanho de almas e educá-las. Deus não
iria criar somente um mundo em condições de ser habitado; eles são incontáveis,
bailando no cosmo à espera da seqüência da vida, adicionando sempre os valores
do saber e do amor.
As vidas que na
Terra são vividas não são as primeiras nem as últimas, mas são valiosas, porque
nelas o Espírito poderá aprender o valor das reencarnações, como escolas de luz
dentro da luz de Deus. Ao meditarmos na reencarnação, uma luz de maior
entendimento desabrocha em nossos corações, levando-nos a compreender que as
vidas na Terra podem se multiplicar, quantas vezes forem necessárias, para a
nossa libertação espiritual.
Livro: Filosofia
Espírita. Vol IV.
Miramez / João
Nunes Maia.
Estudando O
Livro dos Espíritos – Allan Kardec.
172. As nossas
diversas existências corporais se verificam todas na Terra?
Não; vivemo-las
em diferentes mundos. As que aqui passamos não são as primeiras, nem as
últimas; são, porém, das mais materiais e das mais distantes da perfeição.
terça-feira, 25 de fevereiro de 2014
Diante de Deus - Emmanuel
"Pai
nosso..." - Jesus. (Mateus, 6:9).
Para Jesus, a
existência de Deus não oferece motivo para contendas e altercações.
Não indaga em
torno da natureza do Eterno.
Não pergunta
onde mora.
NEle não vê a
causa obscura e impessoal do Universo.
Chama-Lhe
simplesmente "nosso Pai".
Nos instantes de
trabalho e de prece, de alegria e de sofrimento, dirige-se ao Supremo Senhor,
na posição de filho amoroso e confiante.
O Mestre
padroniza para nós a atitude que nos cabe, perante Deus.
Nem pesquisa
indébita.
Nem inquirição
precipitada.
Nem exigência
descabida.
Nem definição
desrespeitosa.
Quando orares,
procura a câmara secreta da consciência e confia-te a
Deus, como nosso
Pai Celestial.
Sê sincero e fiel.
Na condição de
filhos necessitados, a Ele nos rendamos lealmente.
Não perguntes se
Deus é um foco gerador de mundos ou se é uma força irradiando vidas.
Não possuímos
ainda a inteligência suscetível de refletir-Lhe a grandeza, mas trazemos o
coração capaz de sentir-Lhe o amor.
Procuremos,
assim, nosso Pai, acima de tudo, e Deus, nosso Pai, nos escutará.
Livro:
Fonte Viva.
Emmanuel / Chico
Xavier
Como Adorar a Deus? - RODOLFO CALLIGARIS.
Em todas as
épocas, todos os povos praticaram, a seu modo, atos de adoração a um Ente
Supremo, o que demonstra ser a idéia de Deus inata e universal.
Com efeito,
jamais houve quem não reconhecesse intimamente sua fraqueza, e a consequente
necessidade de recorrer a Alguém, todo-poderoso, buscando-lhe o arrimo, o
conforto e a proteção, nos transes mais difíceis desta tão atribulada
existência terrena.
Tempos houve em
que cada família, cada tribo, cada cidade e cada raça tinha os seus deuses
particulares, em cujo louvor o fogo divino ardia constantemente na lareira ou
nos altares dos templos que lhes eram dedicados.
Retribuindo
essas homenagens (assim se acreditava), os deuses tudo faziam pelos seus
adoradores, chegando até a se postar à frente dos exércitos das comunas ou das
nações a que pertenciam, ajudando-as em guerras defensivas ou de conquista.
Em sua imensa
ignorância, os homens sempre imaginaram que, tal qual os chefes tribais ou os
reis e imperadores que os dominavam aqui na Terra, também os deuses fossem
sensíveis às manifestações do culto exterior, e daí a pomposidade das
cerimônias e dos ritos com que os Sagravam.
Imaginavam-nos,
por outro lado, ciosos de Sua autenticidade ou de sua hegemonia e, vez por
outra, adeptos de uma divindade entravam em conflito com os de outra,
submetendo-a a provas, sendo então considerado vencedora aquela que Conseguisse
Operar feito mais surpreendente.
Sirva-nos de
exemplo o episódio constante do 3º Livro dos Reis, capítulo 18, v. 22 a 40. Ali
se descreve o desafio proposto por Elias aos adoradores de Baal, para saber-se
qual o deus verdadeiro. Colocadas as carnes de um boi sobre o altar dos holocaustos,
disse Elias a seus antagonistas: “Invocai vós, primeiro, os nomes dos VOSSOS
deuses, e eu invocarei depois, o nome do meu Senhor; e o deus que ouvir,
mandando fogo, esse seja o Deus.”
Diz o relato
bíblico que por mais que os baamitas invocassem o seu deus, em altos brados e
retalhando-se com canivetes e lancetas, segundo o seu costume, nada
conseguiram.
Chegada a vez do
deus de Israel, este fêz cair do céu um fogo terrível, que devorou não apenas a
vítima e a lenha, mas até as próprias pedras do altar.
Diante disso,
auxiliado pelo povo, Elias agarrou os seguidores de Baal e, arrastando-os para
a beira de um rio, ali os decapitou.
O monoteísmo,
depois de muito tempo, impôs-se, afinal, ao politeísmo, e seria de crer-se que,
com esse progresso, compreendendo que o Deus adorado por todas as religiões é
um só, os homens passassem, pelo menos, a respeitar-se mutuamente, visto as
diferenças, agora, serem apenas quanto à forma de cultuar esse mesmo Deus.
Não foi tal,
porém, o que sucedeu. E os próprios “cristãos”, séculos pós séculos,
contrastando frontalmente com os piedosos ensinamentos do Cristo, empolgados
pelo fanatismo da pior espécie, não hesitaram em trucidar, a ferro e fogo, milhares
e milhares de “hereges” e “infiéis”, “para maior honra e glória de Deus!” como
se Aquele que é o Senhor da Vida pudesse sentir-se honrado e glorificado com
tão nefandos assassínios...
Atualmente,
bastante enfraquecido, o sectarismo religioso começa a derruir, o que constitui
prenúncio seguro de melhores dias, daqui para o futuro.
Acreditamos,
mesmo, que, graças à rápida aceitação que a Doutrina Espírita vem alcançando por toda a parte,
muito breve haveremos de compreender que todos, sem exceção, somos de origem
divina e integrantes de uma só e grande família. E posto que Deus é Amor, não
há como adorá-lo senão “amando-nos Uns aos outros”, pois, como sabiamente nos
ensina João, o apóstolo (1 ep., 4:20), se o homem não ama a seu irmão, que lhe
está próximo como pode amar a Deus, a quem não vê?” - (Capítulo 2º, questão 649
e seguintes).
Livro:
AS LEIS MORAIS
RODOLFO
CALLIGARIS.
NÃO FURTAR
Reunião pública
de 27-1-61
1ª Parte, cap.
VI, item 14
Diz a Lei: “não
furtaras”.
Sim, não
furtarás o dinheiro, nem a fazenda, nem a posse dos semelhantes.
Contudo, existem
outros bens que desaparecem, subtraídos pelo assalto da agressividade invisível
que passa, impune, diante dos tribunais articulados na Terra.
Há muitos amigos
que restituem honestamente a moeda encontrada na rua, mas que não se pejam de
roubar a esperança e o entusiasmo dos companheiros dedicados ao bem, traçando telas
de amargura e desânimo, com as quais favorecem a vitória do mal.
Muitos respeitam
a terra dos outros; entretanto não hesitam em dilapidar-lhes o patrimônio moral,
assestando contra eles a maledicência e a calúnia.
Há criaturas que
nunca arrebataram objetos devidos ao conforto do próximo; contudo, não vacilam em
surripiar-lhes a confiança.
E há pessoas
inúmeras que jamais invadiram a posse material de quem quer que seja; no entanto,
destroem sem piedade, a concórdia e a segurança do ambiente em que vivem, roubando
o tempo e a alegria dos que trabalham.
“Não furtarás” –
estatui o preceito divino.
É preciso,
porém, não furtar nem os recursos do corpo, nem os bens da alma, pois que a conseqüência
de todo furto é prevista na Lei.
Livro: Justiça
Divina.
Emmanuel / Chico
Xavier.
segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014
TURVAMENTO MENTAL - Miramez
A mente é a casa
grande da alma, onde ela se apoia para muitas realizações concernentes à vida.
O turvamente mental inferioriza os centros de força, retarda suas voltagens e
antipatiza com os fluidos vigorantes da vida. As ondas, que se despendem pelo
sistema vorticoso, anelam-se com o magnetismo exudado dos sentimentos em
decadência, e fazem até mesmo paralisar muitos campos menores de energia,
provocando, em muitos casos, enfermidades de difícil diagnóstico.
Quando somos
frequentemente atacados por pensamentos fixos, devemos atentar para esse
alarme, pois indica que nos abeiramos do turvamente das ideias. São notas
dissonantes na área mental. E essa situação desagrega o sorriso espontâneo,
infecunda os bons sentimentos e cria dúvidas acerca da felicidade. E a medicina
ocupa-se desse estado de alma, classificando-o em variadas neuroses e estados
depressivos, que os medicamentos, por vezes, aliviam aparentemente, desarmonizando
outros órgãos.
A cura se
processa com o tempo, aliado à fé; e a ciência, no amanhã, certificar-se-á de
que, mudando o modo de pensar do enfermo, os centros conglutinados de energias,
deteriorados em vários pontos do sistema nervoso, vão perdendo forma e se
esvaindo pelo sistema de excreção voluntária do cinetismo bio-orgânico. A excrescência
mental surge da demora das ideias nos vales imundos do ódio, da vingança e da
maledicência, não se falando de outras ramificações inferiores que a ignorância
enceta. A efervescência moral limpa os céus da mente, desde que se apoie na
lógica configurada pelo equilíbrio.
A tisnadura
mental nasce do magnetismo inferior. As negras emoções fazem com que os
pensamentos segreguem o lixo contundente. E os pontos mais atacados no corpo
físico são as glândulas endócrinas, por serem pontos sensíveis de alto teor de
atração psíquica. O sistema nervoso é logo banhado por afluxo de energias
queimadas, que o córtex amplifica e derrama em todos os filamentos compostos de
neurônios, que retornam à mente com dramas incalculáveis, em detrimento da
própria alma. E as glândulas, nesse estado, sendo visitadas por agentes
deturpadores, segregam hormônios, acrescentando elementos corrosivos que, por
sua vez, perturbam todo o metabolismo da coletividade celular.
Vê-se que não
compensa uma mente negativa. É bom que tenhamos coragem para enfrentar os
problemas que surgem dentro de nós, no campo imenso da mente, educando os
nossos impulsos, corrigindo as más tendências e transmutando os sentimentos
indignos em reaçôes saudáveis e em intenções aprimoradas diante de Deus.
Já pensastes na
energia que perdemos todos os dias em pensamentos improfícuos e ideias
desajustadas? Porventura já meditastes no aproveitamento dessa força pelos
métodos ensinados por Jesus? Então vamos pensar nisto e aplicar todos os
conceitos do Cristo, pois é através desse esforço permanente que o próprio
Mestre achará, abertas, as portas da consciência para nos visitar.
Se por acaso vos
encontrardes no leito, obedecendo às reaçôes das ações praticadas, ou por
processo direto da evolução, e achar que são inconvenientes as diretrizes que anunciamos,
estais completamente enganado. A vida é um estirão eterno. O leito de dor é
apenas um fenômeno que estimula em nós a percepção, em vários ângulos. Nota-se
que o aprendizado na dor é mais completo. Começai assim mesmo, em qualquer
circunstância em que vos encontrardes.
Qualquer hora é
momento para começar a educação. A disciplina é ponto alto naquele que quer ser
companheiro do Divino Amigo. Não deixeis a vossa mente se apagar por
displicência. Vós tendes o poder de ser mais vivo do que sois.
Deixai a
letargia imposta pela ignorância e alcançai a claridade espiritual de que o progresso
é portador. através das vossas próprias mãos. Trabalhemos contra a poluição,
nossa e da humanidade, com os recursos que o Senhor nos proporcionou, na
dignidade do Evangelho, para nos livrarmos do turvamente mental nosso e dos nossos
semelhantes.
Livro:
Horizontes da Mente.
Miramez / João
Nunes Maia.
Tua Língua - Ayrtes
Vamos falar
sobre a língua, fração do corpo das mais importantes, na função da vida. A fala
desempenha um papel importante na evolução das criaturas na Terra, pois ela
comanda todo o empenho de progresso; é de uma utilidade grandiosa na
disseminação das verdades espirituais.
A tua língua é a
tua força, pela qual podes trabalhar para a tua própria felicidade; mas,
lembra-te, ela é escrava das idéias, e essas dos pensamentos.
Vamos comparar
os pensamentos com as letras do alfabeto, e as idéias, aos nomes e frases que
os sentimentos têm o poder de congregar: esse alfabeto divino vem a nós como
chuva, como microondas captadas pelas sensibilidades espirituais, pelos centros
de força e a razão tem o trabalho, com a liberdade que te é peculiar, de
escrever com essas letras o que te é conveniente, sendo que responderás pelo
que fizeres delas.
Essa ciência é
muito mais profunda do que podes pensar, estamos dando alguns traços da sua
engenhosa função, para que entendas a responsabilidade pelo modo com o qual
pensas; na tua cabeça está uma das mais perigosas armas da Terra, tanto quanto
o mais poderoso instrumento para a tua felicidade. Depende a tua paz da educação
das idéias na sua formação congênita, onde os sentimentos serão imprimidos.
Compete a cada um o trabalho desta disciplina, e a fonte dos maiores conceitos
para melhorar a conduta se encontra no Evangelho de Jesus Cristo.
Começa o dia
falando bem, que a noite te recompensará no descanso pelo sono; esforça-te para
que assim aconteça sempre, que sempre terás ajuda dos benfeitores espirituais,
te inspirando cada vez mais em variados aprimoramentos, de modo a nascer a luz
em teu coração. Fala, meu filho, mas quando disseres alguma coisa aos outros,
observa o que vais falar, porque a tua palavra constrói e destrói, dependendo
da educação espiritual que já granjeaste. É nesse sentido que te convidamos
para o culto do Evangelho em teu lar, se já o abriste, continua; se ainda não,
abre-o, que ele te ajudará a compreender o modo pelo qual deves usar a tua
maior força, que é o teu pensamento - senão as idéias - para que a tua presença
reflita a presença de Cristo, a dizer para todos que se encontram reunidos
contigo: “A paz seja com todos!”
A palavra desta
mensagem, na qual nos empenhamos mais, é Interesse.
Deves
desenvolver o Interesse pela educação da língua; ela disciplina, nos traz a
glória da vida e manifesta em todos os caminhos a esperança. Em tudo o que fizeres,
deves manifestar grande atenção, conjugada com o aprimoramento; quem faz as
coisas certas está investindo para a sua própria tranqüilidade. Dá rendimento à
tua palavra sobremodo elevada! Gastas a mesma energia falando errado, gastas o
mesmo tempo dizendo palavras inferiores, gastas mais vida entregando-te ao ódio
e à maledicência. O teu tempo é sagrado, porque pertence a Deus, e a tua
palavra é semente de luz. Quando falas coisas nobres, a inspiração divina é
muito maior do que as insinuações das trevas.
Por que escolher
o pior? Cuida da tua língua, que ela, educada, irá melhorar a tua vida,
melhorando a tua casa.
Livro: Tua Casa.
Ayrtes / João
Nunes Maia.
domingo, 23 de fevereiro de 2014
Palavra do Dia / Vorto de la tago – 4
Blinda – cego
1- Senigita je
vidkapablo
Destituído de visão
Blinda de
naskiĝo.
Cego de
nascimento,
Sur la ferdeko
kantas blinda kantisto melankoliajn muzikojn.
No convés um
cantor cego canta músicas melancólicas.
2- Perdinta la
kapablon ĝuste kaj kritike juĝi:
Aquele, que perdeu a capacidade de julgar
com correção e critica.
Li estis blinda
pri sia danĝera pozicio.
Ele estava cego
em relação à sua posição perigosa.
Amo kaj kolero
estas blindaj.
Amor e cólera
são cegos.
Blinda konfido
kondukas al perfido.
Uma confiança
cega leva à traição
Eraroj, kiujn
niaj antaŭuloj faris el blinda neceseco.
Erros que os
nossos antecessores fizeram de uma necessidade cega.
La virto de
virino estas blinda kredo, ĥore konsentas ĉiuj.
A virtude de uma
mulher é uma crença cega, em coro todos concordam.
***
Vorto de la Tago
- Programo Mia Amiko
Kontribuo de
Rose
Esperanto@Brazilo
- http://esperanto.brazilo.org
Movimento
Virtual de Esperanto no Brasil
http://esperanto.brazilo.org
A Responsabilidade do Mal - RODOLFO CALLIGARIS.
Ao justificar o
dogma das penas eternas a que seriam condenados os pecadores impenitentes, a
Teologia argumenta que, não obstante o homem seja finito, isto é, limitado em
sabedoria, virtudes e poderio, sua culpa se torna infinita pela natureza
infinita do ofendido — Deus, e, conseqüentemente, infinito deve ser, também, o
respectivo castigo.
Sustenta,
portanto, a tese de que o elemento moral do delito esteja intimamente ligado à
qualidade do ofendido e não à resolução e malícia do ofensor, tese essa
capciosa e iníqua.
Capciosa, porque
transfere do agente para o paciente a gravidade do ato culposo.
Iníqua, porque
não leva em conta os atributos da Divindade, supondo-a menos perfeita que a
Humanidade. Sim, porque um homem sensato certamente nem sequer tomaria em
consideração as ofensas que lhe fôssem dirigidas por uma criança ou por um
idiota. Como, então, admitir-se possa Deus consentir sejamos castigados
eternamente pelo haver ofendido (infantes espirituais que somos) com fossa
imensa ignorância ou inconsciência?
A Doutrina
Espírita ao contrário, defende o Princípio de que a. culpa por toda e qualquer
ofensa é sempre proporcional ao grau de conhecimento e à determinação Volitiva
de quem a pratica, e nunca à importância de quem a recebe.
Isso ensinou o
próprio Jesus, o Rei dos reis, quando suplicou em favor dos que o crucificaram.
“Perdoa-Ihes Pai, pois não sabem o que fazem.”
Em verdade
quanto melhor saibamos discernir e mais livremente possamos decidir entre o Bem
e o Mal, tanto maior será a nossa responsabilidade.
“Assim — diz
Kardec — mais culpado é, aos olhos de Deus, o homem instruído que pratica uma
simples injustiça, do que o selvagem ignorante que se entrega aos seus
instintos.” (Capítulo 7, questão 637)
Colhamos ainda,
em LE.(questão 639, 640 e 641.), mais alguns esclarecimentos em torno dessa
magna questão.
Pode o mal, não
raro, ter sido cometido por alguém em circunstancias que o envolveram,
independentemente de sua Vontade ou por injunções a que teve de submeter-se
Nessas condições, a culpa maior é dos que hajam determinado tais circunstâncias
ou injunções, porque perante a Justiça Divina cada um se faz responsável não só
pelo mal que haja feito, direta e pessoalmente, como também pelo mal que tenha
ocasionado em decorrência de sua. autoridade ou de sua influência sobre outrem.
Ninguém,
todavia, jamais poderá ser violentado em seu foro íntimo. Isto posto, quando
compelidos por uma ordem formal, seremos ou não culpáveis, dependendo dos
sentimentos que experimentemos e da forma como ajamos ao cumpri-la.
Exemplificando: poderemos ser enviados à guerra contra a nossa vontade, não nos
cabendo, neste caso, nenhuma. responsabilidade pelas mortes e calamidades que
dela. Se originem; se, porém, no cumprimento desse dever cívico, sentirmos
prazer em eliminar nossos adversários ou se agirmos com crueldade, seremos
tanto ou mais culpados do que os assassinos passionais.
Tirarmos
vantagem de uma ação má, praticada por outras pessoas, constitui igualmente,
para nós, falta grave, qual se fôssemos os próprios delinqüentes, pois isso
equivale a aprovar o mal, solidarizando-se com ele.
Nas vezes em que
desejamos fazer o mal, mas recuamos a tempo, embora oportunidade houvesse de levá-lo
a cabo, demonstramos que o bem já se está desenvolvendo em nossas almas. Se
entretanto, deixamos de satisfazer àquele desejo, apenas porque nos faltasse
ocasião propícia para tal, então somos tão repreensíveis como se o houvéramos
praticado.
Livro: AS LEIS
MORAIS
RODOLFO
CALLIGARIS.
HOJE AINDA - Emmanuel
Reunião pública
de 23.1.61
1ª Parte, cap.
VII, § 8
Não esperarás
pela fortuna, a fim de servir à beneficência.
Muitas vezes, na
pesquisa laboriosa do ouro, gastarás o próprio corpo em cansaço infrutífero.
***
Cede, hoje
ainda, a pequena moeda de que dispões em favor dos necessitados.
O vintém que se
transforma no pão do faminto vale mais que o milhão indefinidamente sepultado
no cofre.
***
Não reqüestarás
a glória acadêmica para colaborar na instrução.
Muitas vezes, na
porfia da conquista de lauréis para a inteligência, desajustarás, debalde, a própria
cabeça.
***
Ampara, hoje
ainda, o irmão que anseia pelo alfabeto.
Leve explicação
que induza alguém a libertar-se da ignorância vale mais que o diploma nobre,
guardado inútil.
***
Não exigirás
ascensão ao poder humano a fim de proteger as vidas alheiras.
Muitas vezes, na
longa procura de autoridade, consumirás, em vão, o ensejo de auxiliar.
***
Acende, hoje
ainda, para essa ou aquela criança extraviada, a luz do caminho certo.
Pequeno gesto
edificante, que incentiva um menino a buscar o melhor, vale mais que a posição
brilhante sem proveito para ninguém.
***
Não solicitarás
feriado para socorrer os aflitos.
Muitas vezes,
reclamando tempo excessivo para cultivar a fraternidade, perderás, improficuamente,
o tesouro dos dias.
***
Estende, hoje
ainda, alguma palavra confortadora aos companheiros que a provação envolve em
lágrimas.
Uma hora de
esclarecimento e esperança no consolo aos que choram vale mais que um século de
existência, amarrado à preguiça.
***
Não percas
ocasião para o teu heroísmo, nem aguardes santidade compulsória para demonstrações
de virtudes.
Comecemos a
cultura das boas obras, hoje ainda, onde estivermos, porque toda migalha do bem
com quem for e onde for, é crédito acumulado ou começo de progresso na justiça Divina.
Livro: Justiça
Divina.
Emmanuel / Chico
Xavier.
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