Cap. VIII – Item
13
Tiveste hoje
motivo de reclamar.
No entanto,
perdoa e serve sempre.
Medita e
perceberás o problema dos outros.
Alguém levantou
a voz, procurando ferir-te...
Mas não lhe
viste as marcas da enfermidade com que talvez amanhã se recolha à sombra do
hospício.
Esse passou
renteando contigo, fingindo não te ver...
Pensa, contudo,
que, dentro de breves dias, possivelmente buscará, em vão, esconder os sulcos
das próprias chagas.
Aquele te
furtou, roubando a si mesmo.
Aquele outro
julga enganar-te, quando ilude a si próprio.
E há quem se
suponha colocado tão alto que não teme oprimir-te, para cair, em breve tempo,
sob o golpe da morte.
Perdoa a tudo e
a todos, infatigavelmente, porque os ofensores de qualquer condição carregam
consigo o remorso, como espinho de fogo encravado no próprio ser.
Toda criatura
necessita de perdão, como precisa de ar, porquanto o amor é o sustento da vida.
Não permitas,
porém, que o perdão seja apenas um som musical nos movimentos da língua.
Reflete quantas
vezes tens errado também, reclamando o entendimento e tolerância, e esquece
toda ofensa, recomeçando a servir ao lado de teus irmãos.
Lembra-te, acima
de tudo, de que, perdoando, a bênção de Deus consegue descer até às lutas da
alma e que somente perdoando é que a alma consegue elevar-se para a bênção de
Deus.
Livro: O
Espírito da Verdade.
Diversos
Espíritos / Chico Xavier e Waldo Vieira.
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