Reunião pública de 13/6/1960
Quantos não se resignam com as verdades que a Doutrina
Espírita veio descerrar à mente humana, há mais de um século, dizem,
inconscientemente, que a mediunidade gera a loucura.
E multiplicam teorias complicadas que lhes justifiquem
o modo de pensar, observandoa simplesmente como “estado mórbido”, dando a
Ideia de especialistas que apenas examinassem os problemas do homem natural
através do homem doente.
*
Considerandose a mediunidade como percepção peculiar
à estrutura psíquica de cada um de nós, encontrálaemos, nos mais diversos
graus, em todas as criaturas.
À vista disso, podemos situála facilmente no campo da
personalidade, entre os demais sentidos de que se serve o Espírito a fim de
expressarse e evolver para a vida superior.
Não ignoramos, porém, que os sentidos transviados
conduzem fatalmente à deturpação e ao desvario.
Os olhos são auxiliares imediatos dos espiões e dos
criminosos que urdem a guerra e povoam as penitenciárias; contudo, por
esse motivo, não podem ser acusados como fatores de delinquência.
Os ouvidos são colaboradores diretos da crueldade e da
calúnia que suscitam a degradação social, mas não apresentam, em si mesmos,
semelhantes desequilíbrios.
As mãos, quando empregadas na fabricação de bombas
destruidoras, são operárias da morte; entretanto, não deixam de ser os
instrumentos sublimes da inteligência em todas as obrasprimas da Humanidade.
O sexo, que constrói o lar em nome de Deus, por toda
parte é vítima de tremendos abusos pelos quais se amplia terrivelmente o
número de enfermos cadastrados nos manicômios; contudo, isso não é razão para
que se lhe deslustre a missão divina.
*
A manifestação é da instrumentalidade.
O erro é da criatura.
A faculdade mediúnica não pode, assim,
responsabilizarse pela atitude daqueles que a utilizam nos atos de ignorância
e superstição, maldade e fanatismo.
E qual acontece aos olhos e aos ouvidos, às mãos e ao
sexo que dependem do comando mental, a mediunidade, acima de tudo, precisa
levantarse e esclarecer se, edificarse e servir, com bases na educação.
Livro: Seara dos Médiuns - 43
Emmanuel / Chico Xavier.
Estudando O Livro dos Médiuns – Allan Kardec.
Questão nº 221 Parágrafo 5º
5º- As comunicações que provêm do
Espírito do médium, são sempre inferiores às que possam ser dadas por outros
Espíritos?
Resposta: Sempre, não; pois um Espírito,
que não o do médium, pode ser de ordem inferior à deste e, então, falar menos sensatamente.
É o que se vê no sonambulismo. Aí, as mais das vezes, quem se manifesta é o
Espírito do sonâmbulo, o qual não raro diz coisas muito boas.
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