“(…) se isto não
se verifica, não é por falta de possibilidades, mas de vontade. Pois quantos
existem, que em lugar de resistir aos maus arrastamentos, neles se comprazem: é
para eles que estão reservados o choro e o ranger de dentes, em suas
existências posteriores. Admirai, entretanto, a bondade de Deus, que nunca
fecha a porta ao arrependimento. Chega um dia em que o culpado está cansado de
sofrer, o seu orgulho foi por fim dominado, e é então que Deus abre os braços
paternais para o filho pródigo, que se lança aos seus pés. As grandes provas, —
escutai bem, — são quase sempre o indício de um fim de sofrimento e de um
aperfeiçoamento do Espírito, desde que sejam aceitas por amor a Deus. É um
momento supremo, e é nele sobretudo que importa não falir pela murmuração, se
não se quiser perder o fruto da prova e ter de recomeçar. Em vez de vos
queixardes, agradecei a Deus, que vos oferece a ocasião de vencer para vos dar
o prêmio da vitória. Então quando, saído do turbilhão do mundo terreno,
entrardes no mundo dos Espíritos, sereis ali aclamado, como o soldado que saiu
vitorioso do centro da refrega.” – Santo Agostinho. O Evangelho Segundo o
Espiritismo, cap. 14, item 9.
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