“É na vossa
paciência que ganhareis as vossas almas.” – Jesus / LUCAS, 2:19.
Todos
necessitamos de paciência uns para com os outros, mas compete-nos igualmente a
todos estudar a paciência em sua função educativa.
Paciência!
É serenidade;
calma, porém, não é aprovação ao desequilíbrio.
È compreensão;
entendimento, no entanto, não é passaporte ao abuso.
È harmonização;
ajuste, todavia, não é apoio à delinqüência.
È tolerância;
brandura, entretanto, não é coonestação com o erro deliberado.
Paciência,
sobretudo, é a capacidade de verificar a dificuldade ou o desacerto nas engrenagens
do cotidiano, buscando a solução do problema ou a transposição do obstáculo,
sem toques de alarde e sem farpas de irritação.
Em todos os
aspectos da paciência, recordamos Jesus.
O Mestre foi, no
mundo, o paradigma de semelhante virtude, mas não foi conformista.
Nunca se
apassivou diante do mal, conquanto lhe suportasse as manifestações, diligenciando
meios de tudo renovar para o bem; e, em lhe lembrando a sinceridade e a franqueza,
não nos será lícito esquecer que o Cristo se revelou tão paciente que não hesitou
em regressar, depois da morte, ao convívio das criaturas humanas que o haviam abandonado.
Ainda assim, é forçoso reconhecer que ele se materializou perante os discípulos
que, em maioria, podiam ser iletrados e medrosos, mas suficientemente sinceros
para continuar-lhe a obra libertadora, e não diante dos fariseus, altamente intelectualizados
e profundos conhecedores das revelações divinas, mas habitualmente atolados em
conveniências e preconceitos e, por isso mesmo, capazes de omitir a verdade e
estabelecer a perturbação.
Livro: Palavras
de Vida Eterna.
Emmanuel / Chico
Xavier.
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