Para exaltar a glória da bondade,
Não digas, alma irmã, que nada tens.
De gota a gota, o mar se consolida
E, migalha em migalha, a grandeza da
vida
É um mar excelso de infinitos bens.
Caridade recordar a natureza
Que na bênção de Deus se concebe e
aglutina,
Revelando no todo,
Da cúpula do Céu às entranhas do Lodo,
Que a presença do amor é sempre luz
divina.
A bolsa generosa em socorro fraterno
Lembra o Sol a servir, tanto quanto
fulgura,
Mas o vintém doado em auxílio a quem
chora
É o copo de água pura à sede que devora,
A solidariedade em forma de ternura.
A fortuna em, serviço é a usina poderosa
Da civilização na força que lhe
empresta,
Garantindo o progresso, a cultura e a
beleza,
Mas da espiga singela é que o pão vem à
mesa
E da, semente humilde é que nasce a
floresta.
O prato, o cobertor, a roupa restaurada,
Um, traço de carinho em amparo de
alguém,
Pode ser, alma irmã, o complemento
justo,
Para que se nos faço o regresso sem
custo
Ao campo de trabalho e a integração no
bem.
Nunca fales “não tenho” e nem digas “não
posso”,
Traze louvor do bem o braço amigo e
irmão,
Um sorriso e quem passa ao vento e ao
desalinho,
Flor de esperança às pedras do caminho,
Que a caridade, em tudo, é sempre
coração.
Livro: Antologia da Espiritualidade.
Maria Dolores / Chico Xavier.
Nenhum comentário:
Postar um comentário