“Se o justo é punido na Terra, quanto
mais o perverso e o pecador.” – Pv 11 v 31
Merecimento é justiça se tornando amor. Tudo que
favorecemos para os outros, cria, por lei, um favorecimento para nós. Tudo que
dermos, sobre as vistas do bom senso, propicia o que mãos generosas preparem
dádivas para nós. O que fazemos de bom para a coletividade, ela, mesmo
inconsciente, nos devolve, sob a vigilância do Criador. Não obstante, se a
usura se apoderar de nossos corações, estipulando preços pela fraternidade
mudamos de endereço antes que a justiça nos alcance, e o pagamento fica sendo
feito pelo outro.
Na Terra, certamente, os justos sofrem não porque
sejam justos.
É porque seu quilate de justiça precisa aumentar, na
seqüência do seu aprumo espiritual, e os métodos mais seguros são ainda, as
dores e os problemas. As aparentes injustiças são canais benfeitores.
Quem tem olhos para ver, que veja o quanto Deus é,
verdadeiramente, amor.
O espírito ignorante não paga pelos seus feitos; ele é
uma máquina em experiência, que deve mudar de ritmo quando não funcionar bem.
As dificuldades por que ele passa são muito maiores do que os males que lhe
desejam os seus companheiros, por terem sido ofendidos.
A punição do que erra não vem de fora: é orientada por
dentro da criatura, e a consciência sabe estimular o exterior, para dificultar
todo o empenho da Alma que vive na desordem, recebendo aquilo que se lhe
espelha na mente.
Se queres melhorar por fora, melhora por dentro, faze
da tua mente um santuário divino, porque tu és o Espírito-Deus que habita no
corpo.
E o Pai Celestial, que está em secreto, te ouvirá de
todos os ângulos da criação.
O pecador, que aqui chamamos de ignorante, esse sofre
muito; um pequeno problema se lhe avoluma, tanto quanto a sua mente lhe
empresta inferioridade.
Não conhecendo os efeitos do perdão, padece com
simples ofensa do seu igual.
Cria tempestade onde apenas existem algumas nuvens.
Impressiona-se com todos os tipos de sugestões, e acha
que o mundo é retrato daquilo que acontece a alguns palmos do seu nariz.
Quem consegue esquecer uma falta, mesmo tateando em
direção à benevolência, sentirá abrir-lhe, no coração, uma clareira de luz, por
onde se avista, no lusco-fusco do animal que desaparece e do anjo que surge, o
Cristo, de braços abertos, dizendo: " A minha paz vos dou!...
Merecimento é conquista, mas conquista é Deus em nós,
tornando-nos maiores.
O justo diante dos sofrimentos não sofre como os
demais. Está acostumado a tirar, das experiências dolorosas, todos os tipos de
glórias da vida.
Responde a todos os ataques com um sorriso, envolvido
em profundo amor.
Pelo
Espírito: CARLOS
Psicografia:
JOÃO NUNES MAIA
Do
livro: Tuas Mãos
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