terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Amanhã


Reunião pública de 19/6/59
Questão nº 166
Muitas vezes por semana repetimos a palavra “amanhã”.
Costumamos dizer “amanhã” para o vizinho que nos pede cooperação e consolo.
Habitualmente relegamos para amanhã toda tarefa espinhosa.
Sempre que surge a dificuldade, pedindo maior esforço, apelamos para amanhã.
Sem dúvida, o “amanhã” constitui luminosa esperança, com a renovação do Sol no caminho, mas também representa o serviço que deixamos de realizar.
É da lei que a conta durma com o devedor, acordando com ele no dia seguinte.
No instituto da reencarnação, desse modo, transportamos conosco, seja onde for, as oportunidades do presente e os débitos do passado.
É assim que os ricos de hoje, enquistados na avareza e no egoísmo, voltarão amanhã no martírio obscuro dos pobres, para conhecerem, de perto, as garras do infortúnio e as duras lições da necessidade; e os pobres, envenenados de inveja e ódio, retornarão no conforto dos ricos, a fim de saberem quanto custam a tentação e a responsabilidade de possuir; titulados distintos do mundo, quais sejam os magistrados e os médicos, quando menosprezam as concessões com que o Senhor lhes galardoa o campo da inteligência, delas fazendo instrumento de escárnio às lutas  do próximo, ressurgirão no banco dos réus e no leito dos nosocômios, de modo a experimentarem os problemas e as angústias do povo; filhos indiferentes e ingratos tornarão como servos apagados e humildes no lar que enlameiam, e pais insensatos e desumanos regressarão no tronco doméstico, recolhendo nos descendentes os frutos  amargos da criminalidade e do vício que cultivaram com as próprias mãos; mulheres enobrecidas que fogem ao ministério familiar, provocando o aborto delituoso pela fome de prazer, reaparecerão enfermas e estéreis, tanto quanto homens válidos e robustos, que envilecem a vida no abuso das forças respeitáveis da natureza, ressurgirão na ribalta do mundo, carregando no próprio corpo o desequilíbrio e a moléstia que adquiriram, invigilantes.
Não te esqueças, portanto, de que o bem é o crédito infalível no livro da eternidade, e recorda que o “depois” será sempre a resultante do “agora”.
Todo dia é tempo de renovar o destino.
Todo instante é recurso de começar o melhor.
Não deixes, assim, para amanhã o bem que possas fazer.
Faze-o hoje.
Livro: Religião dos Espíritos – 39
Emmanuel / Chico Xavier.
Estudando O Livro dos Espíritos – Allan Kardec.
A reencarnação
166. Como pode a alma, que não alcançou a perfeição durante a vida corpórea, acabar de depurar-se?
Resposta: Sofrendo a prova de uma nova existência.”
166-a) - Como realiza essa nova existência? Será pela sua transformação como Espírito?
Resposta: Depurando-se, a alma indubitavelmente experimenta uma transformação, mas para isso necessária lhe é a prova da vida corporal.
116-b) - A alma passa então por muitas existências corporais?
Resposta: Sim, todos contamos muitas existências. Os que dizem o contrário pretendem manter-vos na ignorância em que eles próprios se encontram. Esse o desejo deles.
166-c) - Parece resultar desse princípio que a alma, depois de haver deixado um corpo, toma outro, ou, então, que reencarna em novo corpo. E assim que se deve entender?
Resposta: Evidentemente.

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