Reunião
pública de 19/6/59
Questão
nº 166
Muitas vezes
por semana repetimos a palavra “amanhã”.
Costumamos
dizer “amanhã” para o vizinho que nos pede cooperação e consolo.
Habitualmente
relegamos para amanhã toda tarefa espinhosa.
Sempre que surge
a dificuldade, pedindo maior esforço, apelamos para amanhã.
Sem dúvida, o
“amanhã” constitui luminosa esperança, com a renovação do Sol no caminho, mas
também representa o serviço que deixamos de realizar.
É da lei que a
conta durma com o devedor, acordando com ele no dia seguinte.
No instituto
da reencarnação, desse modo, transportamos conosco, seja onde for, as
oportunidades do presente e os débitos do passado.
É assim que os
ricos de hoje, enquistados na avareza e no egoísmo, voltarão amanhã no martírio
obscuro dos pobres, para conhecerem, de perto, as garras do infortúnio e as
duras lições da necessidade; e os pobres, envenenados de inveja e ódio,
retornarão no conforto dos ricos, a fim de saberem quanto custam a tentação e a
responsabilidade de possuir; titulados distintos do mundo, quais sejam os
magistrados e os médicos, quando menosprezam as concessões com que o Senhor
lhes galardoa o campo da inteligência, delas fazendo instrumento de escárnio às
lutas do próximo, ressurgirão no banco
dos réus e no leito dos nosocômios, de modo a experimentarem os problemas e as angústias
do povo; filhos indiferentes e ingratos tornarão como servos apagados e
humildes no lar que enlameiam, e pais insensatos e desumanos regressarão no
tronco doméstico, recolhendo nos descendentes os frutos amargos da criminalidade e do vício que
cultivaram com as próprias mãos; mulheres enobrecidas que fogem ao ministério
familiar, provocando o aborto delituoso pela fome de prazer, reaparecerão
enfermas e estéreis, tanto quanto homens válidos e robustos, que envilecem a
vida no abuso das forças respeitáveis da natureza, ressurgirão na ribalta do
mundo, carregando no próprio corpo o desequilíbrio e a moléstia que adquiriram,
invigilantes.
Não te
esqueças, portanto, de que o bem é o crédito infalível no livro da eternidade,
e recorda que o “depois” será sempre a resultante do “agora”.
Todo dia é
tempo de renovar o destino.
Todo instante
é recurso de começar o melhor.
Não deixes,
assim, para amanhã o bem que possas fazer.
Faze-o hoje.
Livro: Religião
dos Espíritos – 39
Emmanuel /
Chico Xavier.
Estudando O
Livro dos Espíritos – Allan Kardec.
A reencarnação
166. Como pode
a alma, que não alcançou a perfeição durante a vida corpórea, acabar de
depurar-se?
Resposta: Sofrendo
a prova de uma nova existência.”
166-a) - Como
realiza essa nova existência? Será pela sua transformação como Espírito?
Resposta: Depurando-se,
a alma indubitavelmente experimenta uma transformação, mas para isso necessária
lhe é a prova da vida corporal.
116-b) - A
alma passa então por muitas existências corporais?
Resposta: Sim,
todos contamos muitas existências. Os que dizem o contrário pretendem
manter-vos na ignorância em que eles próprios se encontram. Esse o desejo
deles.
166-c) -
Parece resultar desse princípio que a alma, depois de haver deixado um corpo,
toma outro, ou, então, que reencarna em novo corpo. E assim que se deve
entender?
Resposta: Evidentemente.
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