“Pai, (Deus),
peroda-lhes, porque não sabem o que fazem.”
- Jesus / Lucas, 23:34.
Por demais
comovente foi o cântico derradeiro de Jesus no topo da montanha, antes de
deixar o corpo pregado no madeiro, pedindo perdão a Deus pelos agressores.
Profundamente grave
a constatação do cristo a respeito da inconsciência imperante nos que O feriam
de morte.
Ainda hoje,
vinte séculos transcorridos do drama do Calvário, enormes grupos de almas
humanas seguem agindo e reagindo na vida, sem saber ao certo, o que fazer e por
que o fazem.
Se pensarmos
naqueles que estão enriquecendo, materialmente, graças à exploração das drogas,
da sexolatria, da criminalidade, em cujo cenário de horror tombam crianças,
jovens, homens e mulheres, inexperientes uns, desesperados alguns, espertalhões
vários, será que sabem o que fazem?
Será que
imaginam que terão o dever de se reestruturar e, justamente, reerguer do caos
moral, dos vícios perniciosos ou da loucura devastadora todos esses que, hoje
em dia, lucram , sofrem e se submetem como verdadeiros zumbis inconscientes?
Não, não
imaginam, é bem certo. Se tivessem a mínima percepção da gravidade de sua prática,
não o fariam.
Se pensarmos
nesses que se glorificam no mundo, recheando suas contas bancárias com o
dinheiro desviado do leite destinado à infância pobre, da saúde do povo
necessitado, da moradia dos que vivem ao relento, do remédio das massas
enfermas, da escola de tantos analfabetos, do transporte dos que se demoram a
pé, do lazer dos que se desgastam trabalhando duro, será que estão sabendo o
que fazem?
Será que sonham,
sequer, com o tempo de devolver moeda por moeda, ceitil por ceitil, conforme os
textos bíblicos, aquilo que usurparam, cínica e friamente, nos dias do seu
meteórico poder?
Não, não sonham,
é fácil convir. Caso tivessem o mínimo vislumbre do mal que espalham com seu
espírito tão materialista quanto imediatista, e do bem que terão que plantar
por certo não o fariam.
Se considerarmos
esses que, intelectualmente atilados, se utilizam do nome de Deus e dos ensinos
de Jesus Cristo a fim de submeter consciências, de exercer covarde domínio
sobre os que pensam pouco, conseguindo criar terrível exército de fanáticos,
capazes de quaisquer violências e barbarismos, em nome de Daquele que ensinou e
viveu o amor, o perdão e a paz, será que sabem o preço de sua conduta?
Se evocarmos
esses mesmos que formentam ódios entre as diversas ovelhas de Jesus,
convertendo-as em lobos terríveis, apregoando falso domínio da verdade
absoluta, que só o Criador possui, quando Jesus orientou para que amássemos os
próprios inimigos e orássemos pelos perseguidores e caluniadores, será que têm ideia
do que estão fazendo?
Será que supõem
que terão necessidade de reconstruir a verdadeira confiança em Deus e no Cristo
nessas almas que, desavisadas, a perderam? Será que cogitam de um reencontro
com essas pessoas, após a morte do corpo, principalmente quando elas praticaram
suicídio, homicídio ou criaram desnaturados tormentos no íntimo, e que elas
lhes cobrarão o céu que não encontrarão, já que o ensinamento de Jesus é o de
que seu reino dos céus não tem aparências externas, mas está dentro de cada
um? Jesus / Lucas, 17:21.
Não, não supõem,
nem cogitam, como é compreensível.
Se pudessem
dar-se conta desse grave comprometimento, não agiriam assim.
Como vemos, o
eco da voz do Celeste Guia, nascida no alto do Gólgota, encontra sentido ante
os ouvidos do Pai Celeste, pois, muitos dentre nós, na posição materialista e
ateísta de conquistar vitórias materiais definitivas num mundo transitório,
ferem, exploram, amedrontam, usurpam, corrompem, mentem, desnaturam e sorriem,
dando-se por triunfantes, exatamente porque não sabem o que fazem.
Jesus, assim, é
o grande Amor pouco amado, que no momento de profunda dor moral, fisicamente
abatido e humilhado por aqueles aos quais veio amar, ainda suplicou ao
Semipiterno o necessário perdão para todos eles.
Livro: Quem é o
Cristo?
Médium: Raul
Teixeira.
Espírito:
Francisco de Paula Vitor.
Sempiterno:
- Aquele que não
tem inicio, meio e fim. Eterno.
“Deus é
sempiterno”.
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