domingo, 16 de dezembro de 2012

O Sublime Amor do Cristo


“Pai, (Deus), peroda-lhes, porque não sabem o que fazem.” 
- Jesus / Lucas, 23:34.
Por demais comovente foi o cântico derradeiro de Jesus no topo da montanha, antes de deixar o corpo pregado no madeiro, pedindo perdão a Deus pelos agressores.
Profundamente grave a constatação do cristo a respeito da inconsciência imperante nos que O feriam de morte.
Ainda hoje, vinte séculos transcorridos do drama do Calvário, enormes grupos de almas humanas seguem agindo e reagindo na vida, sem saber ao certo, o que fazer e por que o fazem.
Se pensarmos naqueles que estão enriquecendo, materialmente, graças à exploração das drogas, da sexolatria, da criminalidade, em cujo cenário de horror tombam crianças, jovens, homens e mulheres, inexperientes uns, desesperados alguns, espertalhões vários, será que sabem o que fazem?
Será que imaginam que terão o dever de se reestruturar e, justamente, reerguer do caos moral, dos vícios perniciosos ou da loucura devastadora todos esses que, hoje em dia, lucram , sofrem e se submetem como verdadeiros zumbis inconscientes?
Não, não imaginam, é bem certo. Se tivessem a mínima percepção da gravidade de sua prática, não o fariam.
Se pensarmos nesses que se glorificam no mundo, recheando suas contas bancárias com o dinheiro desviado do leite destinado à infância pobre, da saúde do povo necessitado, da moradia dos que vivem ao relento, do remédio das massas enfermas, da escola de tantos analfabetos, do transporte dos que se demoram a pé, do lazer dos que se desgastam trabalhando duro, será que estão sabendo o que fazem?
Será que sonham, sequer, com o tempo de devolver moeda por moeda, ceitil por ceitil, conforme os textos bíblicos, aquilo que usurparam, cínica e friamente, nos dias do seu meteórico poder?
Não, não sonham, é fácil convir. Caso tivessem o mínimo vislumbre do mal que espalham com seu espírito tão materialista quanto imediatista, e do bem que terão que plantar por certo não o fariam.
Se considerarmos esses que, intelectualmente atilados, se utilizam do nome de Deus e dos ensinos de Jesus Cristo a fim de submeter consciências, de exercer covarde domínio sobre os que pensam pouco, conseguindo criar terrível exército de fanáticos, capazes de quaisquer violências e barbarismos, em nome de Daquele que ensinou e viveu o amor, o perdão e a paz, será que sabem o preço de sua conduta?
Se evocarmos esses mesmos que formentam ódios entre as diversas ovelhas de Jesus, convertendo-as em lobos terríveis, apregoando falso domínio da verdade absoluta, que só o Criador possui, quando Jesus orientou para que amássemos os próprios inimigos e orássemos pelos perseguidores e caluniadores, será que têm ideia do que estão fazendo?
Será que supõem que terão necessidade de reconstruir a verdadeira confiança em Deus e no Cristo nessas almas que, desavisadas, a perderam? Será que cogitam de um reencontro com essas pessoas, após a morte do corpo, principalmente quando elas praticaram suicídio, homicídio ou criaram desnaturados tormentos no íntimo, e que elas lhes cobrarão o céu que não encontrarão, já que o ensinamento de Jesus é o de que seu reino dos céus não tem aparências externas, mas está dentro de cada um?  Jesus / Lucas, 17:21.
Não, não supõem, nem cogitam, como é compreensível.
Se pudessem dar-se conta desse grave comprometimento, não agiriam assim.
Como vemos, o eco da voz do Celeste Guia, nascida no alto do Gólgota, encontra sentido ante os ouvidos do Pai Celeste, pois, muitos dentre nós, na posição materialista e ateísta de conquistar vitórias materiais definitivas num mundo transitório, ferem, exploram, amedrontam, usurpam, corrompem, mentem, desnaturam e sorriem, dando-se por triunfantes, exatamente porque não sabem o que fazem.
Jesus, assim, é o grande Amor pouco amado, que no momento de profunda dor moral, fisicamente abatido e humilhado por aqueles aos quais veio amar, ainda suplicou ao Semipiterno o necessário perdão para todos eles.
Livro: Quem é o Cristo?
Médium: Raul Teixeira.
Espírito: Francisco de Paula Vitor.
        Sempiterno:
- Aquele que não tem inicio, meio e fim. Eterno.  
“Deus é sempiterno”.

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