domingo, 2 de dezembro de 2012

Os Valores reais.


“Eu não aceito glórias que vêm dos Homens” Jesus / João, 5:41.

Sem qualquer sombra de dúvida, a criatura humana só experimenta decepções e amarguras no campo das relações sociais, pelo desprezo dado aos ensinos do Mestre Jesus.
É por demais comum ao homem terreno construir sua felicidade sobre alicerces das considerações do mundo. Costuma estar feliz quando usufrui prestígio público, quando goza de renome as áreas em que atua, quando conta com o aplauso dos amigos, quando, enfim, conduz o ego inflado de tantas glórias de características bastante precárias em se considerando os diversos acidentes do percurso humano.
 Ninguém será capaz de menosprezar a importância de alguém ser benquisto. A alegria de contar com a consideração dos afetos, dos familiares e dos amigos ou os júbilos relativos à vitória de nobres conquistas realizadas nos variados campos da vida, seja nos estudos acadêmicos ou na profissão, seja nas áreas da sensibilidade artística ou na destreza esportiva, e outra mais que suscitam o reconhecimento popular, tudo isso faz parte da marcha bem-aventurada dos espíritos reencarnados.
Entretanto, queremos enfocar os episódios em que as considerações exteriores ganham tamanha importância que muitas pessoas se descompensariam, caso tivesse que viver sem elas.
Para grande número de almas, mais vale reconhecimento ou a bajulação externa do que a verdade, propriamente. Daí, incontáveis levas de indivíduos adotarem a mentiram como padrão de comportamento na vida a fim de que não se privem das gloríolas mundanas, ainda que seja por um dia.
Nesse caminho, compram-se títulos acadêmicos, diplomas sociais, posições políticas, currículos artísticos, emblemas profissionais quando se deseja evidenciar ou destacar o que não é legítimo, o que não é verdadeiro, o que não é de fato.
Quantos perdem o bom humor quando não são convidados para alguma festividade, pretextando desconsiderações para com o seu nome?
Quantos os que se põem irritados por não verem seus nomes nas colunas sociais dos periódicos, onde julgavam devessem aparecer?
Quantos são os que se mostram azedos quando não são convidados para a composição de mesas, de bancas, de comissões, de lideranças e outras coisas mais que têm tudo a ver com as vaidades do mundo, e nada a ver com a verdade que deve ser buscada na vida?
Jesus ensina que "aquele que quiser destacar-se, no reino dos céus, seja o servidor de todos na terra". (Jesus / Mateus, 23:11) É todo um esforço de valorização da humildade dignificada pelo trabalho.
O exemplo do Senhor de Nazaré é marcante. Ele foi chamado de rei, de príncipe dos demônios, de senhor dos espíritos, de blafemo. Os encômios não Lhe encheram os olhos nem subiram à cabeça; as agressões, por sua ver, não O deprimiram nem O desestimularam ante os compromissos que trazia para atender, porque reconhecia a compreensível relatividade e precariedade do emocionalismo das massas.
Até os dias presentes, a porcentagem da humanidade que já ouviu falar sobre Ele continua a dar-Lhe títulos, rotulações, nomeações, que não O perturbam, seja qual for seu caráter ou intenção. Uns chamam-NO deus; outros dizem-NO profeta; outro mais O chamam de impostor. Alguns O querem nivelar aos homens comuns enquanto vários O desejam divinizar.
Enquanto as opiniões divergem em relação a Ele e seu ministério, Ele prossegue intocável em Sua pulcritude, em Sua fulgurância, deixando-se tocar tão-só pela sincera honestidade dos corações humanos que O amam, que O servem, que O seguem em qualquer ponto do planeta.
Jesus Cristo é o Senhor que nos ensina "a tomar os últimos lugares nos festins, a fim de que possamos treinar desapegos a posições sociais. Mas, é aquele Amigo que recomendou que caminhássemos a segunda milha com quem nos obrigasse a caminha uma". (Jesus / Mateus, 5:41), orientando-nos a fazer sempre um pouco mais do que o simples dever, com boa vontade, de modo que, com Ele, não nos ensoberbecêssemos com as glórias fátuas, passageiras, que vêm dos homens.
Livro: Quem é o Cristo?
Francisco de Paula Vitor / Raul Teixeira.

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