“O cavalo prepara-se para o dia da
batalha, mas a vitória vem do senhor.” Pv 21 v 31.
Há quem julgue, tudo depende dos nossos próprios
esforços. Esquece, ou se faz esquecer; da maior parte, já organizada, que
pertence a Deus. Apoia-se no seu cansaço, no cajado já pobre do individualismo
egoísta, parando em um dos extremos da filosofia ilusória. E há, igualmente,
quem fala que tudo deve ser entregue ao Senhor, cruzando os braços. Noutra
extremidade, corroída pela preguiça.
Verdadeiramente. Deus está em primeiro plano, pelo
qual devemos ter o maior respeito, o maior amor, sobre todas as coisas.
Porém, é imprescindível que façamos a nossa parte,
certificando e alegrando, que somos cooperadores do nosso Pai Celestial.
O esforço próprio nunca ficará em vão. Ele é um pedido, no
silêncio da vida, que o Criador concederá, pelas vias que geralmente não
esperamos. Continua solicitando por esse método, sem conhecer o desânimo, que
nos faz acomodar.
Todos nós nos preparamos, em regime de defesa das
agressões naturais; mas a vitória pertence ao Senhor, porque nada se faz sem
sua aquiescência.
O cavalo é preparado para a viagem. Não obstante, não
tem ciência para onde vai. A Alma é educada para a grande excursão, e
desconhece os detalhes dos acontecimentos; todavia, o Todo-Poderoso é
onisciente.
O animal, pelo convite do cavaleiro, esforça-se para
chegar ao objetivo; o Espírito usa o corpo, pela inspiração dos céus, e
trabalha para alcançar o ideado.
A nossa liberdade começa a existir, quando nos
sentimos na ausência de Deus. Desde quando os nossos sentidos assinalam a
presença d'Ele, começamos a cuidar somente da sua vontade, libertando-nos do
mundo, para sermos servos do seu amor.
O empenho de todos os sábios é o entendimento e a
prática de todas as leis. E sentem alegria em alegrar aos outros.
Os Santos nos falam e os Místicos nos instruem que um
dos caminhos mais excelentes é a auto-educação, e, ainda melhor, quando
elaborada sem os sinais da vaidade, sabendo, de antemão, que o labor maior,
mesmo dentro da criatura, é do Pontífice Universal.
Cultivemos a Terra, e lancemos sementes no seu seio,
para germinarem. E é nosso dever crer na abundância dos frutos, sem que esse
balanceamento divino nos pertença.
Cultivemos a Terra dos nossos sentimentos, e semeemos
ideais enobrecedores na inteligência, e é de nosso alcance esperar, com fé,
fartura de paz na consciência, sem nos preocuparmos no processamento desses
fenômenos, pois eles pertencem ao Grande Foco da Vida.
Nós somos o que somos, pelo poder de Deus que é, hoje,
amanhã e sempre.
Pelo
Espírito: CARLOS
Psicografia:
JOÃO NUNES MAIA
Do
livro: TUAS MÃOS
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