“Uns
se dizem ricos sem ter nada; outros se dizem pobres, sendo mui ricos.” Pv. 13 v
7.
A complexidade
do ser humano, de certo modo, ultrapassa alguns dos mais apurados raciocínios.
Aproveitando o versículo em pauta, é bom que se note que muitos ricos sentem
felicidade em dizer que são pobres, e pobres, grande prazer em falar que são
ricos.
Conforme a
intensidade das idéias, vivemos o que realmente pensamos.
Tanto a riqueza
quanto a pobreza são ilusões necessárias, astros volantes que passam nos céus,
de todas as vidas, consertando destinos e modificando conceitos dos que viajam
com eles.
Quem gosta de
dizer que fez isso ou aquilo na vida; que o que tem foi ganho com toda a
honestidade, sem que ninguém o ajudasse, sempre afirmando que aquele que nada
possui se esqueceu de trabalhar... coloque as suas opiniões de molho: louvor em
boca própria é desmerecimento na própria conduta.
O que fazes de
bom, não sejas tu o anunciador, para que a tua fala não seja desprevenida de modéstia,
nem falsificada pela vaidade.
A inversão tem
seu valor, no lugar adequado...
E muitas delas
precisam que esteja presente o Silêncio!...
Quem teme que o
bem que faz fique escondido desconhece as leis de Deus. Nem o bem, nem o mal de
que nos fizermos instrumento permanecem ocultos.
Tudo que fazemos
fala por si mesmo, atingindo desde os ouvidos humanos até as pulsações do éter.
Não há dúvidas
que o nosso pensamento deve estar positivo, em tudo quanto a nossa missão nos
impuser. Contudo, a experiência nos mostra, com clareza, que as mãos têm de
ficar ocupadas.
Se não fazes
nada, e diante dos outros fazes tudo, nas linhas da teoria, praticas inversão
perigosa!... Se fazes tudo, e negas o concurso que o testemunho te convida a
dar, para que os outros também façam alguma coisa, não deixes de falar um pouco
no valor do trabalho, sem esquecer a decência.
Não devemos nos
apegar nem às riquezas nem à pobreza, em se referindo às coisas materiais.
Devemos, sim,
procurar trilhar os caminhos que nos levam à verdade, para que abreviemos o
momento em que possamos quebrar os grilhões que nos prendem, e suspendermos as
mãos, livres, para os céus.
Pelo Espírito:
CARLOS
Psicografia:
JOÃO NUNES MAIA
Do livro: TUAS
MÃOS
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