A insegurança
traz como características psicológicas os mais variados tipos de medo, como o
de amar, o da mudança, o de cometer erros, o da solidão, o de pronunciar e o de
se desobrigar. O inseguro não confia no seu valor pessoal, desacredita de suas
habilidades e desconfia de sua possibilidade de enfrentar as ocorrências da
vida, o que impulsiona a uma fatal tendência de se apoiar nos outros.
Por não
compreender bem seu poder interior, apega-se na afeição do cônjuge, filhos,
outros parentes e amigos e, assim, acaba dependendo completamente dessas
pessoas para viver. Em vez do amor, é a insegurança a fonte principal que lhe
une aos outros; por isso controla e vigia em razão das dúvidas que tem sobre si
mesmo.
O inseguro, por
não saber que não pode controlar os atos e atitudes das outras pessoas, cria
grandes dificuldades em seus relacionamentos, gerando, consequentemente,
maiores cobranças e barreiras entre eles.
A hesitação
torna-o uma pessoa incapaz de se sentir bastante firme para agir. Nunca possui
certeza suficiente e quer sempre mais se certificar das coisas. É
excessivamente cauteloso e vigilante; está em constante sobreaviso e
desconfiança de tudo e de todos, por causa do medo das consequências futuras de
suas ações do presente.
Os inseguros
desenvolvem muitas vezes uma "devoção mórbida" em relação às causas e
aos ideais, ou se associam a um parceiro forte e dinâmico para compensar sua
necessidade de apoio, consideração e segurança. No primeiro caso, eles podem
assumir diante do mundo a posição de "vítimas, crentes exaltados",
querendo convencer a todos de uma verdade que eles mesmos não acreditam; mas
faz entender que é real; no segundo, buscam alguém que lhes corresponda ao
modelo de seus genitores, para que, novamente, venham a se nutrir da autoridade,
decisão e firmeza que encontravam nos pais, quando crianças.
Muitos ainda
buscam refúgio numa atividade intelectual e se colocam, por exemplo, na posição
de autoridade literária, como estratégia emocional, a fim de estimular em torno
de si uma atmosfera de "bem informados" e, portanto, grandioso e
seguros.
Kardec,
Discípulo de Jesus, pergunta aos Instrutores Espirituais: "Quando um
Espírito diz que sofre, de que natureza é o seu sofrimento?" A
Espiritualidade elaborou a seguinte resposta: "Angústias morais, que o
torturam mais dolorosamente do que todos os sofrimentos físicos". (O Livro
dos Espíritos – Allan Kardec, questão
255).
"Angústias
morais" podem ser entendidas como a fragilidade em que sentem, por
acreditar que estão constantemente sendo observados e julgados e também pela
pérpetua situação mental de vulnerabilidade diante do mundo.
Os inseguros não
são assertivos; em outras palavras, não se expressam de modo direto, claro e
honesto. Omitem defesa a seus direitos pessoais por medo e evitam encontros ou
situações em que precisam expor suas crenças, sentimentos e idéias.
O título de
"Senhor de Si Mesmo" poderá definir bem a segurança e firmeza de
Jesus Cristo. Suas palavras "Seja, porém, o vosso falar: sim, sim; não,
não", (Jesus / Mateus, 5:37), ainda hoje ressoam, convidando todas as
pessoas à autonomia espiritual. Realmente, o comportamento assertivo do Mestre
e sua significativa liberdade de expressão revelam:
- fraqueza em
dizer o que pensava;
- segurança de
olhar, ouvir e convidar qualquer um;
- independência
de sentir o que sentia;
- liberdade de
pedir e solicitar o que quisesse;
- coragem de
correr riscos para concretizar tudo aquilo em que acreditava.
Essas alegrias
os inseguros não sentem. Seguindo, porém, os passos de Jesus, Nosso Guia e
Senhor, a humanidade alcançará a estabilidade e serenidade interior que há
tantos séculos conquista dos seres despertos e amadurecidos do futuro.
Livro: As Dores
da Alma.
Espírito:
Hammed.
Médium: Francisco
do Espírito Santo Neto.
Estudando O
Livro dos Espíritos – Allan Kardec
Percepções,
sensações e sofrimentos dos Espíritos
255. Quando um
Espírito diz que sofre, de que natureza é seu sofrimento?
Resposta: Angústias
morais, que o torturam mais dolorosamente do que todos os sofrimentos físicos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário