terça-feira, 17 de junho de 2014

ADMIRAÇÃO – Miramez.

0315/LE
O Espírito elevado tem plena admiração pelas obras que deixou, desde quando essas obras foram em benefício da humanidade. Tanto ele admira as obras que ficaram com o sinal das suas mãos, como outras que seus companheiros de plano também fizeram.
Não tem egoísmo nem adoração somente por sua obra; os seus olhos vêem o belo, que faz parte da harmonia universal. Ele é tomado por alguns momentos de tristeza, se fez alguma coisa prejudicial aos outros, mesmo que o tenha feito inconsciente da ação maléfica. O bem comum lhe causa alegria constante.
Essa nossa conversa é um toque a todos os encarnados. O Espírito na carne está sujeito a tomar caminhos que não deveria palmilhar e, com a Doutrina dos Espíritos, ficarão conscientes dos deveres, e com o modo de raciocinar mais lúcido, de sorte que o coração em Cristo lhes inspire e aí possam tomar decisões acertadas para se alegrarem mais, quando estiverem novamente no plano espiritual.
O mal que tenhamos feito como encarnados nos atormenta pelos canais da consciência, e o reparo tem que ser feito com urgência, porque somente assim ele cessa de nos atormentar. Eis porque os nossos benfeitores nos apresentam como solução a volta à Terra, porque é na carne que o reparo é mais rápido, principalmente se foi nela que cometemos as faltas.
Passemos a admirar as grandes obras dos grandes instrutores da humanidade, porque é pensando nelas que elas poderão nos inspirar para fazer mesmo as pequenas coisas, como sendo o inicio para a nossa paz. É preciso ler as obras da Doutrina Espírita, pois elas ajudarão na escolha dos caminhos, e a melhor escola para quem deseja se iniciar nos conceitos de Jesus é a que nos dá lições internas, que começam com a renovação dos costumes de vida.
O homem precisa conhecer a si mesmo; a senda de luz que deve trilhar com mais segurança é o mundo interior. O fora da caridade não há salvação é meio de grande utilidade para que se tenha inspiração divina, no sentido de começar a amar ao próximo como a si mesmo e a Deus sobre todas as coisas.
Esforcemo-nos para sentir admiração por nossas obras, que isso nos dará forças para maiores aberturas no servir, porém, analisando, alegrando-nos no que fazemos, mas em silêncio, para que os outros não vejam o gazofilácio da vaidade tocar alto pela força do orgulho. O louvor em boca própria faz desaparecer o nome sagrado que descobrimos pela boca de Jesus, que se chama Amor.
A admiração que devemos ter sem limites é pela obra de Jesus, procurando copiá-lo sem receio, que ela nos levará à paz interna, de modo a assistir ao sol da verdade despontar no mundo da nossa própria consciência.
É lindo para o Espírito que deixou a Terra conservar o mesmo amor pelas obras que deixou, sejam elas obras de arte ou de literatura, desde quando essas obras falem da vida universal, da caridade de Deus, do amor e do perdão. Nessa contemplação de seus feitos, a sua consciência esplende todas as forças, mostrando-lhe que cumpriu seu dever, apresentando-se com isso novas esperanças, para outras etapas, que podem vir em outras vidas.
Livro: Filosofia Espírita – Volume VII
Miramez / João Nunes Maia.
Estudando O Livro dos Espíritos – Allan Kardec.
315. E o que deixou trabalhos de arte ou de literatura, conserva pelas suas obras o amor que lhes tinha quando vivo?
De acordo com a sua elevação, aprecia-as de outro ponto de vista e não é raro condene o que maior admiração lhe causava.

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