0246/LE
Os Espíritos
puros, ou mais ou menos puros, não têm necessidade da luz para ver as coisas; eles
usam a luz para operações grandiosas na casa do Pai, como co-construtores onde
forem chamados a servir. As próprias trevas são luz que ainda não acendeu.
Para as almas
que se encontram envolvidas nas trevas, quando despertarem em seus corações o
entendimento da verdade, tudo tornar-se-á claridade em seus caminhos. As trevas
são escolas onde a luz pode se mostrar para os Espíritos rebeldes, tal qual
acontece na Terra em que existem os presídios para os infratores da lei, como
sendo trevas para eles, com a finalidade de torná-los homens de bem. Essa
transformação pode até demorar mas todos chegarão a ela.
A experiência
nos mostra que não existe outro caminho para a educação dos Espíritos rebeldes,
a não ser a dor; que acorda a alma para a realidade. Jesus foi a misericórdia
de Deus para todos nós, ainda ligados por fios profundos nas trevas. A Sua
vida, toda ela cheia de exemplos que devemos copiar, são estímulos santos, a
nos ajudarem a esquecer as trevas, ganhando a luz da libertação.
Todos devemos
sempre fazer revisão dos nossos atos, e onde for preciso modificar, operemos com
amor, condicionando o bem em todos os departamentos da nossa vida. A Doutrina Espírita
é Jesus de novo, renovando Sua fala e ampliando Sua proteção, para que
acordemos para a vida, passando das trevas para a luz imortal.
O Mestre dos
mestres não se esquece da humanidade; Ele caminha lado a lado com todos os seres
humanos, dando as mãos às criaturas; basta sentirmos a Sua presença e
aproveitarmos
Seu convite de
mudanças, na intimidade do nosso mundo interno. Depois que aceitarmos o Senhor,
conhecendo a Sua doutrina de luz, não devemos desvirtuar Suas qualidades salvadoras
com os entulhos dos nossos sentimentos inferiores. Se João, o Evangelista,
disse que Deus é amor, o nosso maior dever é, pois, amar a Deus sobre todas as
coisas e ao próximo como a nós mesmos, como Jesus nos ensinou nos pergaminhos
de luz.
É bom que nos
lembremos de que para os Espíritos puros não existem trevas; tudo é luz, porque
eles têm olhos para ver. Esse estado d'alma não foi doado a eles somente; todos
temos esses poderes dentro de nós, bastando despertá-los pelos processos que o
Cristo nos ensinou: amor e caridade. Fora dessas duas forças não há salvação. A
luz para vermos se encontra no céu de nós mesmos. Acendamos essa luz.
Agradeçamos a
Deus pela presença do Espiritismo com Jesus na Terra. Ele lembra tudo que o Mestre
disse, clareando pontos que naquela época não poderiam ser explicados de modo exuberante,
onde sentimos a esperança com todas as suas possibilidades de nos tornarmos livres,
conhecendo a verdade. A pergunta focalizada neste capítulo nos mostra a
inteligência do codificador, no sentido de deixar para a humanidade todos os
pontos claros no conhecimento da verdade:
246 LE -
Precisam, os Espíritos, de luz para ver?
O benfeitor
espiritual responde com a segurança peculiar à sua grandeza:
- Vêem por si
mesmos, sem precisarem de luz exterior. Para os Espíritos, não há trevas, salvo
as em que podem achar-se por expiação.
A cada resposta
da espiritualidade superior, por intermédio da codificação da Doutrina dos Espíritos,
a luz se faz em nossos caminhos, para que possamos sentir Jesus e viver o Evangelho.
Livro: Filosofia
Espírita – Volume V
Miramez / João
Nunes Maia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário