0313/LE
A felicidade
completa na Terra não existe. Quando alguma alma se encontra feliz com as inferioridades
do plano físico, é prova de que está apegado às paixões humanas, que são transitórias
e, além disso, elas nos trazem reações que nos fazem sofrer, por serem
inferiores.
Essa alegria é,
pois, mesclada de aborrecimentos.
A verdadeira
felicidade, aquela agradável ao coração no reino da eternidade, se encontra em primeiro
lugar na consciência imperturbável, como nos planos superiores do Espírito
imortal. O desprendimento dos gozos terrenos ser-nos-á difícil. Somente a
maturidade pode nos oferecer esse estado d’alma. Maturidade é sinônimo de
tempo, de esforço próprio no clima do amor puro no coração, de modo que a
caridade nos abra caminhos para grandes entendimentos espirituais.
Jesus Cristo
veio oferecer a chave, a fim de podermos abrir as portas da esperança, na visão
interna da felicidade. O Seu Evangelho é um convite para tal prêmio, se a ele
fizermos jus pela vivência dos preceitos divinos da Boa Nova do Reino.
Aquele que
desacredita da felicidade eterna, e se agarra aos prazeres do mundo em que estagia,
depois do fenômeno chamado morte não avança um passo rumo ao seu bem-estar; fica,
como Espírito, agarrado onde seu coração se encontra preso, pelos seus apegos
às coisas sem importância para a alma.
Fomos todos
criados para a alegria pura, e na Terra existem frações desse contentamento, mostrando
ao homem de bem que existe a verdadeira alegria no reino do coração. Jesus já dizia
com propriedade: “O céu está dentro de vós.” E verdadeiramente a felicidade eterna
se encontra no reino interno da alma; basta, para isso, que saibamos buscar
esse ambiente de luz, na luz do Espírito. Enquanto a humanidade faz todos os tipos
de esforços para buscar a paz por fora, usando métodos extravagantes, de
compras e trocas, o Mestre dos mestres nos mostra que ela não se compra com o
ouro da Terra, nem se vende pelo metal físico, mas, que se conquista através do
tempo e da boa vontade, palmilhando nos caminhos que Jesus nos ensinou.
O favônio, no
ambiente de luz dos sentimentos, é força soberana que nos liberta e nos faz sentir
Deus no nosso mundo interior. Tudo que está em cima, se encontra embaixo; tudo
que se acha no exterior, existe no interior de cada criatura. O Céu e Deus
esplendem nos corações dos santos e dos sábios.
Somente os
Espíritos inferiores sentem saudades dos gozos terrenos, Os que se desprenderam
dos bens perecíveis da Terra, já passam a viver algo da felicidade do céu, dentro
e fora de si. Todos os tipos de sofrimentos, expiações e provas são comandadas
pela desarmonia mental, onde o coração não bate no ritmo do amor. Sobre os
grandes seres que sofreram, sob o ponto de vista dos homens, não quer dizer que
verdadeiramente sofreram, quais os homens inferiores. A dor, nesse caso, se
encontra em outra dimensão.
Precisamos
estudar mais o que entendemos por sofrimento de Jesus, porque o próprio “Livro dos
Espíritos” nos fala que a alma pura tem a consciência imperturbável.
Preparemo-nos,
pois, enquanto estivermos na Terra, revestidos de um corpo de carne, de modo
que, ao atravessarmos o túmulo, não nos acompanhem as paixões-inferiores que
ainda vibram entre os homens.
Livro: Filosofia
Espírita – Volume VII
Miramez / João
Nunes Maia.
Estudando O
Livro dos Espíritos – Allan Kardec.
313. O homem,
que neste mundo foi feliz, deplora a felicidade que perdeu, deixando a Terra?
Só os Espíritos
inferiores podem sentir saudades de gozos condizentes com uma natureza impura
qual a deles, gozos que lhes acarretam a expiação pelo sofrimento. Para os
Espíritos elevados, a felicidade eterna é mil vezes preferível aos prazeres
efêmeros da Terra.
A.K.: Exatamente
como sucede ao homem que, na idade da madureza, nenhuma importância liga ao que
tanto o deliciava na infância.
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