0536/LE
Os fenômenos da
natureza, como, por exemplo, as erupções vulcânicas, que chegam a soterrar
cidades, como no caso de Herculano e Pompéia, na Itália, são agentes das provas
coletivas das criaturas que ali pereceram, mulheres, crianças e até animais,
sendo que esses últimos não têm nada a ver com provas e expiações, pois ainda
estão em processo de despertamento. Morreram bilhões de animais marinhos pela
alta temperatura das águas, e as cinzas irradiavam calor que ultrapassava o
raciocínio dos próprios homens de ciência da época. Morreram, igualmente,
muitas pessoas do campo que não participavam dos bacanais de Roma.
Tudo isso foi
programado por elevados Espíritos agentes de Deus, para dar cumprimento às leis
de justiça e ao processo de despertamento das criaturas. Esses são meios que
sempre aconteceram e acontecem em todo o mundo, por ser permissão de Deus.
Vejamos a
resposta que os Espíritos luminares que assistiam Allan Kardec deram à pergunta
focalizada:
Tudo tem uma
razão de ser e nada acontece sem a permissão de Deus.
Notemos que,
quando os homens não fazem guerra, a natureza a faz, motivando o despertamento
das almas para as coisas espirituais. Essa catástrofe da natureza acima referida
aconteceu no momento do sacrifício de cristãos, no Coliseu de Roma, por ordem daqueles
que estavam descansando nas suas piscinas térmicas. Outros, eram velhos devedores
do passado, cujas façanhas tiveram como cenário o Egito, e outras nações guerreiras.
Desejamos dizer
que a morte é vida, e os meios de morrer são diversos, de acordo com as necessidades
de cada um. Os Espíritos da natureza são os agentes de todos os movimentos relacionados
com ela, por ordem de Deus. Eles sabem o que fazer ante as necessidades humanas,
e mesmo da própria natureza.
Se ainda não
compreendes por que Deus permite essas matanças, estuda e trabalha, que o tempo
não passará em vão. Ele vai trazendo para todos nós a verdade que sempre fica
de pé.
Ainda existem
muitos segredos que depois iremos desvendando de acordo com a capacidade humana.
Compete a nós, encarnados e desencarnados, esperar, não com os braços cruzados,
mas, operantes. Deus não exerce ação direta, mas pelos canais dos Seus agentes,
que são os Espíritos, aos quais podes chamar engenheiros siderais, ou como
queiras chamá-los, desde que as designações sejam referentes a Espíritos de
alta linhagem, que tudo conhecem com precisão, o que lhes possibilita dominar a
natureza.
As divisões da
natureza são diversas, e cada divisão existe como departamento, dirigido por Espíritos
angélicos, que comandam e fazem com que trabalhem até os ignorantes, para a paz
do Universo.
A assistência
espiritual existe desde os homens aos anjos mais qualificados, desde o elemento
primitivo, aos maiores ninhos cósmicos na vastidão do infinito, sem esquecer
todos os tipos de animais. É bom que possas analisar o trabalho da
espiritualidade superior, na manifestação do seu carinho para com a vida, em
nome do Criador.
Analisemos o que
temos feito para a harmonia da Natureza!
Livro: Filosofia
Espírita – Volume XI
Miramez / João
Nunes Maia.
Estudando O
Livro dos Espíritos – Allan Kardec.
536. São devidos
a causas fortuitas, ou, ao contrário, têm todos um fim providencial, os grandes
fenômenos da Natureza, os que se consideram como perturbação dos elementos?
Tudo tem uma
razão de ser e nada acontece sem a permissão de Deus.
536 a) -
Objetivam sempre o homem esses fenômenos?
Às vezes têm,
como imediata razão de ser, o homem. Na maioria dos casos, entretanto, têm por
único motivo o restabelecimento do equilíbrio e da harmonia das forças físicas
da Natureza.
536 b) -
Concebemos perfeitamente que a vontade de Deus seja a causa primária, nisto
como em tudo; porém, sabendo que os Espíritos exercem ação sobre a matéria e
que são os agentes da vontade de Deus, perguntamos se alguns dentre eles não
exercerão certa influência sobre os elementos para os agitar, acalmar ou
dirigir?
Mas
evidentemente. Nem poderia ser de outro modo. Deus não exerce ação direta sobre
a matéria. Ele encontra agentes dedicados em todos os graus da escala dos
mundos.
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