Tornando-nos
recomendáveis em tudo: na muita paciência,
nas aflições, nas necessidades, nas angústias. - Paulo (II
Coríntios, 6:4)
A maioria dos
aprendizes do Evangelho não encara seriamente o fundo religioso da vida,
senão nas atividades do culto exterior.
Na concepção de
muitos bastará freqüentar, assíduos, as assembléias da fé e todos os enigmas da
alma estarão decifrados, no capítulo das relações com Deus.
Entretanto, os
ensinamentos do Cristo apelam para a renovação e aprimoramento individual
em todas as circunstâncias.
Que dizer de um
homem, aparentemente contrito nos atos públicos da confissão religiosa a
que pertence e mergulhado em palavrões no santuário doméstico?
Não são poucos
os que se declaram crentes, ao lado da multidão, revelando-se indolentes
no trabalho, desesperados na dor, incontinentes na alegria, infiéis nas
facilidades e blasfemos nas angústias do coração.
Por que motivo
pugnaria Jesus pela formação dos seguidores tão-só para ser incensado
por eles, durante algumas horas da semana, em genuflexão?
Atribuir ao
Mestre semelhante propósito seria rebaixar-lhe os sublimes princípios.
É indispensável
que os aprendizes se tornem recomendáveis em tudo, revelando a excelência das
idéias que os alimentam, tanto em casa, quanto nas igrejas, tanto nos serviços
comuns, quanto nas vias públicas.
Certo, ninguém
precisará viver exclusivamente de mãos-postas ou de olhar fixo
no firmamento; todavia, não nos esqueçamos de que a gentileza, boa-vontade,
a cooperação e a polidez são aspectos divinos da oração viva no apostolado
do Cristo.
Livro: Pão
Nosso.
Emmanuel / Chico
Xavier.
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