quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

TOQUE DE CURA - Miramez

0556/LE
Podemos crer que existam as pessoas magnéticas, aquelas que tocam as pessoas enfermas e por vezes as curam, mas, é bom analisar a vida dessas pessoas, não para divulgar o que for contrário à caridade, porém, para observar quais são, pela vida que levam, as suas companhias espirituais.
Toda operação curativa envolve a presença de Espíritos desencarnados, capazes de compreender essa ciência divina que parte do amor de Deus para com as criaturas humanas e espirituais. Se há enfermidades na Terra, elas igualmente existem no plano espiritual. A desencarnação não é passe de mágica. Se o Espírito deixa suas vestes carnais e não modificou seus sentimentos, continua levando o que possui no seu coração.
A meta de Jesus, e pela qual desceu à Terra, foi para curar as deficiências das almas, educando-as do modo que Deus Lhe ensinou no curso de bilhões de anos. Não devemos ser endurecidos no aprendizado; aproveitemos o tempo na educação e na instrução espiritual, que estão se espalhando por todo o mundo.
Se alguns têm o dom de curar, que aproveitem essa faculdade, curando os enfermos, mas, que não deixem de instruí-los. Juntamente, trabalhem com a palavra. O Mestre nos deixou como herança divina o Evangelho, para nos mostrar as diretrizes que deveremos tomar, mesmo vivendo na carne, porque os primeiros passos para cima são dados na Terra, que ora nos serve de berço, onde acordamos para a Luz.
O companheiro encarnado que tem o dom de curar e que já conhece a força da verdade, como sendo amor e caridade, cresce na direção do Cristo, despertando-O em seu coração, que deve pulsar no ritmo do universo.
Os médiuns curadores cheios de ilusões, que sofisticam seus gestos para impressionar os enfermos, que fogem à naturalidade, e que recebem recompensa em troca das curas que fazem são os falsos profetas, mencionados no Evangelho; não deves dar crédito a essas pessoas, que falam muito do Cristo, mas não seguem Seus passos, falam às vezes do amor, porém não amam, dizem coisas bonitas sobre a caridade, todavia não são benevolentes. O toque de cura desses tipos são negativos; podem até aliviar os enfermos, pela fé dos mesmos, porém causando distúrbios maiores nas suas intimidades espirituais. Esses irmãos devem ser instruídos na Doutrina que não vende seus dons e que não especula suas forças. Esses médiuns são dotados de força magnética, por provas e devem dar graças a Deus. Para o seu sustento, o Senhor os dotou de certa inteligência, pernas e braços para trabalhar, para que vivam do suor do seu rosto.
Não deves entrar nas tentações de certas influências malfeitoras. Importa, igualmente, desconfiar das narrativas interesseiras, dos instrumentos de Espíritos levianos, sem as devidas responsabilidades para com o trabalho grandioso de Nosso Senhor Jesus Cristo. Todo conversador em demasia deixa escapar em suas narrações algo de inverdade, por não ter   tempo de analisar o que fala. A seleção, aí, fica para quem ouve. De qualquer maneira, quem escuta tem o dever de selecionar o que vem de fora. É para tanto que é dotado de raciocínio.
Livro: Filosofia Espírita – Volume XI
Miramez / João Nunes Maia.
Estudando O Livro dos Espíritos - Allan Kardec.
556. Têm algumas pessoas, verdadeiramente, o poder de curar pelo simples contacto?
A força magnética pode chegar até aí, quando secundada pela pureza dos sentimentos e por um ardente desejo de fazer o bem, porque então os bons Espíritos lhe vêm em auxílio. Cumpre, porém, desconfiar da maneira pela qual contam as coisas pessoas muito crédulas e muito entusiastas, sempre dispostas a considerar maravilhoso o que há de mais simples e mais natural. Importa desconfiar também das narrativas interesseiras, que costumam fazer os que exploram, em seu proveito, a credulidade alheia.

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