0556/LE
Podemos crer que
existam as pessoas magnéticas, aquelas que tocam as pessoas enfermas e por
vezes as curam, mas, é bom analisar a vida dessas pessoas, não para divulgar o
que for contrário à caridade, porém, para observar quais são, pela vida que
levam, as suas companhias espirituais.
Toda operação
curativa envolve a presença de Espíritos desencarnados, capazes de compreender
essa ciência divina que parte do amor de Deus para com as criaturas humanas e espirituais.
Se há enfermidades na Terra, elas igualmente existem no plano espiritual. A desencarnação
não é passe de mágica. Se o Espírito deixa suas vestes carnais e não modificou
seus sentimentos, continua levando o que possui no seu coração.
A meta de Jesus,
e pela qual desceu à Terra, foi para curar as deficiências das almas, educando-as
do modo que Deus Lhe ensinou no curso de bilhões de anos. Não devemos ser endurecidos
no aprendizado; aproveitemos o tempo na educação e na instrução espiritual, que
estão se espalhando por todo o mundo.
Se alguns têm o
dom de curar, que aproveitem essa faculdade, curando os enfermos, mas, que não
deixem de instruí-los. Juntamente, trabalhem com a palavra. O Mestre nos deixou
como herança divina o Evangelho, para nos mostrar as diretrizes que deveremos
tomar, mesmo vivendo na carne, porque os primeiros passos para cima são dados
na Terra, que ora nos serve de berço, onde acordamos para a Luz.
O companheiro
encarnado que tem o dom de curar e que já conhece a força da verdade, como sendo
amor e caridade, cresce na direção do Cristo, despertando-O em seu coração, que
deve pulsar no ritmo do universo.
Os médiuns
curadores cheios de ilusões, que sofisticam seus gestos para impressionar os enfermos,
que fogem à naturalidade, e que recebem recompensa em troca das curas que fazem
são os falsos profetas, mencionados no Evangelho; não deves dar crédito a essas
pessoas, que falam muito do Cristo, mas não seguem Seus passos, falam às vezes
do amor, porém não amam, dizem coisas bonitas sobre a caridade, todavia não são
benevolentes. O toque de cura desses tipos são negativos; podem até aliviar os
enfermos, pela fé dos mesmos, porém causando distúrbios maiores nas suas
intimidades espirituais. Esses irmãos devem ser instruídos na Doutrina que não
vende seus dons e que não especula suas forças. Esses médiuns são dotados de
força magnética, por provas e devem dar graças a Deus. Para o seu sustento, o
Senhor os dotou de certa inteligência, pernas e braços para trabalhar, para que
vivam do suor do seu rosto.
Não deves entrar
nas tentações de certas influências malfeitoras. Importa, igualmente, desconfiar
das narrativas interesseiras, dos instrumentos de Espíritos levianos, sem as
devidas responsabilidades para com o trabalho grandioso de Nosso Senhor Jesus
Cristo. Todo conversador em demasia deixa escapar em suas narrações algo de
inverdade, por não ter tempo de
analisar o que fala. A seleção, aí, fica para quem ouve. De qualquer maneira,
quem escuta tem o dever de selecionar o que vem de fora. É para tanto que é
dotado de raciocínio.
Livro: Filosofia
Espírita – Volume XI
Miramez / João
Nunes Maia.
Estudando O Livro dos Espíritos - Allan Kardec.
556. Têm algumas
pessoas, verdadeiramente, o poder de curar pelo simples contacto?
A força
magnética pode chegar até aí, quando secundada pela pureza dos sentimentos e
por um ardente desejo de fazer o bem, porque então os bons Espíritos lhe vêm em
auxílio. Cumpre, porém, desconfiar da maneira pela qual contam as coisas
pessoas muito crédulas e muito entusiastas, sempre dispostas a considerar
maravilhoso o que há de mais simples e mais natural. Importa desconfiar também
das narrativas interesseiras, que costumam fazer os que exploram, em seu proveito,
a credulidade alheia.
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