No tratamento da
obsessão é necessário salientar a terapêutica da prece como elemento valioso de
introdução à cura.
Não ignoramos
que a psiquiatria, nova ciência do mundo médico, apesar de teorizada nos
hospícios, somente corporificou-se na prática que a define, nos campos de
guerra do século presente. Chamados ao pronto-socorro das retaguardas, desde o
conflito russo-japonês, os psiquiatras esbarram com numerosos problemas da
neurose traumática, identificando as mais estranhas moléstias da imaginação e
usando a palavra de entendimento e simpatia como recurso psicoterápico de
incalculável importância.
Por isso,
dispomos, atualmente, na moderna psicanálise, da psicologia do desabafo como
medicação regeneradora. A confissão do paciente vale por expulsão de resíduos
tóxicos da vida mental e o conselho do especialista idôneo age por doação de
novas formas-pensamento, no amparo do cérebro enfermiço.
Invocamos
semelhante apontamento para configurar na luta humana verdadeiro combate
evolutivo em milhares de almas caem diariamente nos meandros das próprias
complicações emocionais, entrando, sem perceber, na faixa das forças inferiores
que, a surgirem de nosso passado, nos espreitam e geram em nosso prejuízo
dolorosos processos de obsessão, retardando-nos o progresso, por intermédio dos
pensamentos desequilibrados com que se justapõem à nossa vida intima.
É por essa razão
que vemos, tanto nos círculos terrestres, como nas regiões inferiores da vida
espiritual, as enfermidades-alucinações que se alojam na mente, ao comando
magnético dos poderes da sombra, com os quais estejam em sintonia.
E a técnica das
inteligências que nos exploram o patrimônio mento-psíquico, baseia-se, de
maneira invariável, na comunhão telepática, pela qual implantam naqueles que
lhes acendem ao domínio as criações mentais perturbadoras, capazes de lhes
assegurar o continuísmo da vampirização.
Atentos, assim,
à psicogênese desses casos de desarmonia espiritual, quase sempre formados pela
influenciação consciente ou inconsciente das entidades infelizes, desencarnadas
ou encarnadas, que se os associam à experiência cotidiana, recorramos à prece
como elemento de ligação com os Planos Superiores, exorando o amparo dos
Mensageiros Divinos, cujo pensamento sublimado pode criar, de improviso, novos
motivos mentais em nosso favor ou em favor daqueles que nos propomos socorrer.
Não nos
esqueçamos de que possuímos na oração a nossa mais alta fonte de poder, em
razão de facilitar-nos o acesso ao Poder Maior da Vida. Assim sendo, em
quaisquer emergências da tarefa assistencial, em nosso beneficio ou em
beneficio dos outros, não olvidemos o valor da prece em terapia, recordando a
sábia conceituação do Apóstolo Tiago, no versículo 16 do capitulo 5 em sua
Epistola Universal: - "Orai uns pelos outros, afim de que sareis, porque a
prece da alma justa muito pode em seus efeitos".
Livro: À Luz da Oração,
Francisco Menezes Dias da Cruz / Chico Xavier.
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