Sem aproveitar o
concurso daqueles que nos ferem, não conseguiríamos satisfazer aos impositivos
da evolução.
O ensinamento do
Mestre, no que tange à tolerância e ao amor para com os adversários, é lição viva
nas esferas mais simples da Natureza.
Vejamos, por
exemplo, a história breve do pão que enriquece a vida.
Se a semente não
suportasse a terra que a asfixia, não teríamos a germinação promissora.
Se a plantinha
tenra não tolerasse a enxada que lhe garante a limpeza, embora, por vezes, dilacerando-lhe
as folhas, não conseguiríamos a floração.
Sem a renúncia
da flor a benefício da colheita, o celeiro seria relegado à secura.
Se o grão não
perdoasse à mó que o desintegra, não obteríamos a cooperação da farinha .
Se a farinha
convenientemente preparada não desculpasse o calor do forno que a sufoca, o pão
não saciaria a fome das criaturas.
Indispensável
recorrer às lições singelas do ambiente em que repiramos para entender a necessidade
de nossa adaptação às Leis que nos regem.
Conflitos,
discussões e contendas, simbolizam combustível no incêndio destruidor da
discórdia.
Por isso mesmo a
sustentação de antagonismos e disputas é indébita conservação do desequilíbrio arrojando-nos
inevitavelmente à enfermidade e à morte.
Teimosia e
rebelião, mágoa e azedume não atendem nas edificações do Cristo de Deus.
Procuremos o
nosso lugar de servir, reconhecendo que a direção é prerrogativa do Divino
Mestre.
Ouçamos-Lhe a
voz que nos induz ao perdão incondicional e à compaixão sem limites, e, felizes
seremos, em verdade, os trabalhadores fiéis do Evangelho, na estruturação da
Terra melhor de amanhã.
Livro: Viajor
Emmanuel / Chico
Xavier.
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