Não olvides que
a civilização começa no esforço educativo de cada um.
Não podes, em
verdade, fazer calar a maledicência, a derramar-se em chuva de lodo, mas podes silenciar
a maldade em ti mesmo, abstendo-te de contribuir na extensão da crueldade.
Não te será
possível vencer, a sós, a dominação da ignorância, contudo, aqui e ali, podes
prestar uma informação valiosa e útil aos que desejam realmente aprender.
Não conseguirás
corrigir de maneira total a influenciação da penúria, no entanto, podes
estender as mãos e dividir com os necessitados o alimento de cada dia.
Não podes,
efetivamente, curar todos os enfermos da estrada mas é possível auxiliar ao companheiro
doente com a gota de remédio ou com a palavra amiga.
Ninguém por si
só retificará esse ou aquele atormento setor do mundo, entretanto, ninguém está
impedido de algo fazer no cultivo da fraternidade.
Não te
impressionem os espetáculos de perturbação e sofrimento ainda reinantes na
Terra e nem te confies ao julgamento apressado dos outros. Faz o bem que
puderes.
Lembremo-nos de
que o homem e a multidão recolhem indefectivelmente aquilo que semeiam...
Recordemos
porém, que em nós mesmos uma nova humanidade e uma nova era indubitavelmente
podem começar.
Cogitemos de
nossa própria melhoria para que a vida melhore.
Reajustemo-nos
para que a nossa paisagem social se reajuste.
E, guardando em
nós mesmos a vigilância construtiva na preservação da luz e do bem, estejamos convencidos
de que o Senhor fará o resto, em favor do mundo, porque toda vitória espiritual
para a imortalidade é obra de amor e de educação.
Livro: Viajor
Emmanuel / Chico
Xavier.
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