“... Eis agora o
tempo sobremodo oportuno, eis agora o dia da salvação.” – Paulo II Coríntios,
6:2.
Salvar, em
sinonímia correta, não é divinizar, projetar ao céu, conferir santidade a
alguém através de magia sublimatória ou fornecer passaporte para a intimidade
com Deus.
Salvar, em
legítima significação, é “livrar de ruína ou perigo”, “conservar”, “defender”, “abrigar”
e nenhum desses termos exime a pessoa da responsabilidade de se conduzir e melhorar-se.
Navio salvo de
risco iminente não está exonerado da viagem, na qual enfrentará naturalmente
perigos novos, e doente salvo da morte não se forra ao imperativo de continuar
nas tarefas da existência, sobrepujando percalços e tentações.
O Evangelho não
deixa dúvidas quanto a isso. Pedro, salvo da indecisão, é impelido a sustentar-se
em trabalho até a senectude das forças físicas. Paulo, salvo da crueldade, é constrangido
a esforço máximo, na própria renovação, até o último sacrifício
Se experimentas
o coração chamado à verdade pela Doutrina Espírita, compreendamos que a
salvação terá efetivamente chegado até nós. Não aquela que pretende
investir-nos, ingenuamente, na posse de títulos angélicos, quando somos
criaturas humanas, com necessidade de aprender, evoluir, acertar e
retificar-nos, mas sim a salvação no verdadeiro sentido, isto é, como auxílio
do Alto para que estejamos no conhecimento de nossas obrigações, diante da Lei,
dispostos a esposá-las e a cumpri-las.
Sobretudo, não
nos detenhamos em frases choramingueiras, perdendo mais tempo sobre o tempo
perdido. Reconheçamos com o apóstolo eu “o tempo sobremodo oportuno” para a
salvação ou, melhor, para a corrigenda de nossos Eros e aproveitamento da nossa
vida, chama-se agora.
Livro: Palavras
de Vida Eterna.
Emmanuel / Chico
Xavier.
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