“Irmãos, não vos
queixeis uns dos outros, para não serdes julgados...” (TIAGO, 5:9.)
Mergulhar o
divino dom da palavra no vaso lodoso da queixa é o mesmo que inflamar preciosa
lâmpada no conteúdo da lata de lixo.
Não transformes
a própria frase em lama sobre chagas abertas.
Podes mobilizar
a maravilha do verbo, para reajustar o bem, sem necessidade de estender o mal.
Ergue a
esperança, ao pé dos que desfaleceram na luta. Exalta a excelência do amor, perante
aqueles que o ódio intoxica. Louva as perspectivas da fé, ao lado dos que
choram no desencanto. Aponta as qualidades nobre do amigo que caiu em
desvalimento. Destaca as possibilidades de auxiliar onde os outros somente
encontram motivos para censura.
Desdobra o
trabalho restaurador onde o pessimismo condena. Procura o lado melhor das situações
para que o melhor seja feito. E, quando os obstáculos morais se agigantem, como
se a maldade estivesse a ponto de triunfar em definitivo, se não podes algo
dizer em louvor da bondade, cala-te e ora.
Pensa no bem,
quando não puderes falar nele.
A semente muda,
renova a terra.
A gota
silenciosa de sedativo, asserena o corpo martirizado.
Nunca te queixes
dos outros, mesmo porque, em nos queixando de alguém, é preciso consultar o
próprio íntimo para saber se em algum lugar desse alguém não estaríamos fazendo
isso ou aquilo de maneira pior.
Livro: Palavras
de Vida Eterana.
Emmanuel / Chico
Xavier.
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