Brasil,
o Mundo a escutar-te,
Pergunta
hoje: “O que é?”
Ah!
Terra de minha vida,
Responde
às Nações de pé!
Das
montanhas altaneiras,
Dentro
das próprias fronteiras,
Alonga
os braços - Sansão!
Sem
prepotência ou vangloria,
Grava
no livro da História,
Novo
rumo à evolução!
Contempla
a sombra da guerra,
Dragão
do lodo a rugir,
Envenenando
a Cultura,
Ameaçando
o Porvir!...
Fala
- assembléia de bravos -
Aos
milhões de homens escravos
Sábios
loucos prometheus...
Do
píncaro a que te elevas
Dissolve
os grilhões das trevas
Na
fé que te induz a Deus!
Brada
- gigante das gentes -
Proclama
com destemor
Que
o Cristo aguarda na Terra
Um
novo mundo de Amor!
Ante
a grandeza que estampas,
Os
mortos voltam das campas,
Sublimando-te
a visão!
Ao
progresso Fernão Dias!...
O
Dever mostra Caxias,
Deodoro
a renovação!...
Dos sonhos do Tiradentes,
Que
se alteiam sempre mais,
Fizeste
Apóstolos, Gênios,
Estadistas,
Generais...
De
todos os teus recantos
Despontam
palmas de santos,
Augusto
pendões de heróis!...
Astros
de brilhos tamanhos
Andrada,
Feijó, Paranhos,
Em
teus céus brilham por soes!...
Desde
o dia em que nasceste,
Ao
fórceps de Cabral
O
tempo se iluminou,
Na
Bahia maternal!...
Hoje,
que o mundo te espera
Para
as leis da Nova Era,
Por
Brasília envolta em luz,
Que
em ti a vida se integre,
De
Manaus a Porto Alegre,
No
Espírito de Jesus!...
Ao
resguardar o Direito,
Mantendo
a Justiça e o Bem,
Luta
e rasga o próprio peito,
Mas
não desprezes ninguém!...
Levanta
o grande futuro,
Ergue
tranqüilo e seguro,
A
paz nobre e varonil!...
À
humanidade que chora,
Clamando:
“Senhor... e agora?!”
O
Cristo aponta: Brasil!...
Livro:
Castro Alves Fala a Terra.
Chico
Xavier.
Poema
psicografado em 15/abril/1976 em Brasília.
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