Embora muitos de
nós não entendamos o funcionamento das Leis de Deus, elas se manifestam a cada
instante da vida, como mensageiras da Justiça e do Amor Divinos.
Aquele parente
difícil, que nos exige constantes sacrifícios, pode ser o companheiro de ontem,
a quem atraiçoamos e induzimos à derrocada moral.
A filha
incompreensiva e rebelde pode ser a jovem que ontem nos amava, e a quem
abandonamos, inclinando-a ao vício. Hoje ela retorna necessitada do nosso amor
e da nossa compreensão.
Ontem colocamos
o orgulho e a vaidade no peito de um irmão que nos seguia os exemplos menos
felizes. Hoje, talvez, o tenhamos de volta, na feição de esposo mandão ou de
filho problema, para sorvermos juntos o cálice da redenção.
Ontem,
esquecemos compromissos nobres, arrastando alguém ao suicídio. Hoje,
possivelmente, reencontramos esse mesmo alguém na pessoa de um filhinho,
portador de moléstia irreversível, tutelando-lhe, à custa de lágrimas, o
trabalho de reajuste.
Ontem,
abandonamos a companheira inexperiente, à míngua de todo auxílio, situando-a
nas garras da delinqüência. Hoje, moramos no espinheiro em forma de lar,
carregando fardos de angústia, a fim de aprender a plantar carinho e
fidelidade.
O marido faltoso
de hoje é aquele mesmo homem que, um dia, inclinamos à crueldade e à mentira.
Assim, cada elo
de simpatia ou cada sombra de desafeto, que encontramos na família ou na
atividade profissional, podem ser forças do passado a nos pedirem mais amplas
afirmações de trabalho e dedicação ao bem.
Tenhamos sempre
em mente que todos os delitos que cometemos não desaparecerão, no silêncio do
túmulo, porque a vida prossegue, além da morte, desdobrando causas e
consequências.
Assim sendo,
diante de toda dificuldade e de toda prova, façamos o melhor ao nosso alcance.
Ajudemos aos que
partilham conosco as experiências, e oremos pelos que nos perseguem,
desculpando todos aqueles que nos infelicitam.
A humildade é a
chave de nossa libertação. Dessa forma, sejam quais forem os nossos obstáculos,
lutemos por superá-los com dignidade e honradez. E não nos esqueçamos de que a
conquista da nossa felicidade começa nos alicerces invisíveis da luta dentro do
próprio lar.
*
* *
Sócrates, um dos
filósofos mais conhecidos da Humanidade, sintetizou o que pensava sobre a Lei
de causa e efeito numa frase de grande sabedoria. Disse simplesmente: A justiça
conduz aos nossos lábios a taça que nós mesmos envenenamos.
Ele se referia
apenas aos atos infelizes do ser humano, mas nós podemos acrescentar, sem medo
de errar, que a justiça também nos devolve em forma de bênçãos felizes todas as
boas ações que praticamos.
Assim é a Lei de
causa e efeito: justa e sábia como o próprio Criador.
***
Redação do
Momento Espírita com base no cap. II, do livro Leis de amor, pelo Espírito
Emmanuel, psicografiade Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira.
http://www.momento.com.br
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