“E o fogo
provará qual seja a obra de cada um.” – Paulo. (1ª Epístola aos Coríntios,
3:13.)
A indústria
mecanizada dos tempos modernos muito se refere às provas de fogo para positivar
a resistência de suas obras e, ponderando o feito, recordemos que o Evangelho,
igualmente, se reporta a essas provas, há quase vinte séculos, com respeito às
aquisições espirituais.
Escrevendo aos
Coríntios, Paulo imagina os obreiros humanos construindo sobre o único
fundamento, que é Jesus-Cristo, organizando cada qual as próprias realizações,
de conformidade com os recursos evolutivos.
Cada discípulo,
entretanto, deve edificar o trabalho que lhe é peculiar, convicto de que os
tempos de luta o descobrirão aos olhos de todos, para que se efetue reto juízo
acerca de sua qualidade.
O
aperfeiçoamento do mundo, na feição material, pode fornecer a imagem do que
seja a importância dessas aferições de grande vulto. A Terra permanece cheia de
fortunas, posições, valores e inteligências que não suportam as provas de fogo;
mal se aproximam os movimentos purificadores, descem, precipitadamente, os
degraus da miséria, da ruína, da decadência. No serviço do Cristo, também é
justo que o aprendiz aguarde o momento de verificação das próprias
possibilidades. O caráter, o amor, a fé, a paciência, a esperança representam
conquistas para a vida eterna, realizadas pela criatura, com o auxilio santo do
Mestre, mas todos os discípulos devem contar com as experiências necessárias
que, no instante oportuno, lhe provarão as qualidades espirituais.
Livro: Pão Nosso
Emmanuel / Chico
Xavier.
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