Se a mágoa lhe
bate à porta, entorpecendo-lhe a cabeça ou paralisando-lhe os braços, fuja
dessa intoxicação mental enquanto pode.
Se você está
doente, atenda ao corpo enfermiço, na convicção de que não é com lágrimas que
você recupera um relógio defeituoso.
Se você errou,
busque reconsiderar a própria falta, reajustando o caminho sem vaidade,
reconhecendo que você não é o primeiro e nem será o último a encontrar-se numa
conta desajustada que roga corrigenda.
Se você caiu em
tentação, levante-se e prossiga adiante, na tarefa que a vida lhe assinalou, na
certeza de que ninguém resgata uma dívida ao preço de queixa inútil.
Se amigos
desertaram, pense na árvore que, por vezes, necessita de poda, a fim de renovar
a própria existência.
Se você possui
na família um ninho de aflições, é forçoso anotar que o benefício da educação
pede a base da escola.
Se sofrer
prejuízos materiais, recorde que, em muitas ocasiões, a perda do anel é a defesa
do braço.
Se alguém lhe
ofendeu a dignidade, olvide ressentimentos, ponderando que a criatura de bom
senso, jamais enfeitaria a própria apresentação com uma lata de lixo.
Se a impaciência
lhe marca os gestos habituais, acalme-se, observando que os pequeninos
desequilíbrios integram, por fim, as grandes perturbações.
Seja qual for o
seu problema, lembre-se de que toda mágoa é sombra destrutiva e de que sombra
alguma consegue permanecer no coração que se acolhe ao trabalho, procurando
servir.
Livro: Ideal
Espírita.
Diversos
Espíritos.
Chico Xavier e
Waldo Vieira.
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